ATA DA CENTÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 15-12-2003.

 


Aos quinze dias do mês de dezembro de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Maria Celeste e Zé Valdir. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Margarete Moraes, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Nonagésima Terceira e Nonagésima Quarta Sessões Ordinárias e da Oitava, Nona e Décima Sessões Extraordinárias, que foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Cassiá Carpes, o Pedido de Providências nº 2863/03 (Processo nº 6914/03) e os Pedidos de Informações nos 209, 210 e 211/03 (Processos nos 6908, 6909 e 6910/03, respectivamente); pelo Vereador Cláudio Sebenelo, o Pedido de Providências nº 2752/03 (Processo nº 6749/03); pelo Vereador Haroldo de Souza, o Pedido de Providências nº 2753/03 (Processo nº 6759/03) e a Indicação nº 043/03 (Processo nº 6774/03); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providências nº 2853/03 (Processo nº 6878/03); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 2797, 2798. 2799, 2800, 2801, 2802, 2803, 2804, 2805, 2806, 2807, 2808, 2809, 2810, 2811, 2812, 2813, 2814, 1815, 1816, 1817, 2818, 2819, 2820, 2821, 2822, 2823, 2824, 2825, 2826, 2827, 2828, 2829, 2830, 2831, 2932, 2833, 2834, 2835, 2836, 2837, 2838, 2839, 2840, 2841, 2842, 2843 e 2844/03 (Processos nos 6822, 6823, 6824, 6825, 6826, 6827, 6828, 6829, 6830, 6831, 6832, 6833, 6834, 6835, 6836, 6837, 6838, 6839, 6840, 6841, 6842, 6843, 6844, 6845, 6846, 6847, 6848, 6849, 6850, 6851, 6852, 6853, 6854, 6855, 6856, 6857, 6858, 6859, 6860, 6861, 6862, 6863, 6864, 6865, 6866, 6867, 6868 e 6869/03, respectivamente); pelo Vereador Sebastião Melo, os Pedidos de Providências nos 2754, 2755 e 2756/03 (Processos nos 6778, 6780 e 6781/03, respectivamente). Ainda, foram apregoados as seguintes Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03 (Processo nº 5347/03): de nº 01, de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia, Líder da Bancada do PSB; de nos 02, 03, 04 e 05, de autoria do Vereador Cassiá Carpes, Líder da Bancada do PTB. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 602, 603, 604, 605, 622, 623 e 625/03, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Darci Campani ressaltou a importância dos debates realizados nesta Casa, procedendo a avaliação acerca do trabalho de Sua Excelência durante a presente Sessão Legislativa. Sobre o assunto, mencionou Projetos de sua autoria, para concessão do Prêmio de Teatro Qorpo Santo à Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz e do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Ivan Antônio Izquierdo. O Vereador João Carlos Nedel teceu críticas às atuações do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva à frente do Governo Federal e da Senhora Martha Favre, como Prefeita da Cidade de São Paulo. Ainda, declarou que a Prefeitura de Porto Alegre está atrasando pagamentos em obras públicas municipais e abordou a indicação do nome do Deputado Jair Soares como pré-candidato do Partido Progressista ao cargo de Prefeito Municipal nas eleições do próximo ano. A Vereadora Clênia Maranhão relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, no “Direction Committee Meeting of WIDF – Women’s International Democratic Federation”, em Hanói, Vietnã, no período de dezenove a vinte e cinco de novembro do corrente, e no “22nd General Assembly of the Conference in Consultive Relationship with United Nations”, em Genebra, Suíça, no período de quatro a seis de dezembro do corrente. O Vereador Renato Guimarães registrou sua participação, em Representação Externa desta Casa, no II Encontro Nacional do Movimento Político pela Unidade, realizado em Brasília - DF, no dia vinte e oito de novembro do corrente, com o tema “Fraternidade: raiz de paz e liberdade”. Finalizando, contestou o pronunciamento efetuado hoje pelo Vereador João Carlos Nedel, o qual criticou governos do Partido dos Trabalhadores. O Vereador Reginaldo Pujol citou solenidade ocorrida dia treze de novembro do corrente, para descerramento de placas indicativas das Ruas Carlos de Britto Velho e Laudelino Medeiros, cujas denominações foram oriundas de Projetos de autoria do Vereador João Carlos Nedel, aprovados por esta Câmara. Nesse sentido, discorreu sobre a importância do reconhecimento público àqueles que atuaram em prol do desenvolvimento de Porto Alegre. O Vereador Sebastião Melo reportou-se à prisão do ex-Presidente do Iraque, Saddam Hussein, por forças militares norte-americanas. Também, comunicou a eleição do Senador Pedro Simon para a presidência estadual do PMDB e teceu considerações quanto às expulsões da Senadora Heloísa Helena e dos Deputados Federais do Partido dos Trabalhadores João Fontes, Babá e Luciana Genro, no dia quatorze de dezembro do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 381/03; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 472 e 474/03. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cláudio Sebenelo analisou reflexos políticos resultantes do processo de expulsão da Senadora Heloísa Helena e dos Deputados Federais Luciana Genro, João Fontes e Babá do Partido dos Trabalhadores, declarando que esse fato deixa o País entristecido. Ainda, mencionou entrevista acerca do assunto, concedida ontem pela Deputada Federal Luciana Genro ao jornal Zero Hora. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 051 e 189/03, 247/01, 209, 218, 233 e 236/03, este com ressalva da Emenda a ele aposta. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 236/03. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 238, 242, 248, 257, 330, 332, 353, 355, 358, 359, 363, 365 e 383/03 e os Projetos de Resolução nos 083 e 116/03. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução n° 112/03, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Darci Campani, Dr. Goulart, Elias Vidal, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juberlei Bacelo, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo no 197/03. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Executivo nos 036 e 037/03. Às quinze horas e dezoito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, para reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes, sendo retomados às quinze horas e trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Na ocasião, o Senhor Presidente informou que, por deliberação da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes, foi alterada a ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução n° 122/03. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo n° 053/03, por vinte e quatro votos SIM, dois votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião Melo, Isaac Ainhorn e Elói Guimarães e encaminhado à votação pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Sebastião Melo, Luiz Braz e Wilton Araújo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Darci Campani, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir, Não os Vereadores Elias Vidal e Luiz Braz e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Cláudio Sebenelo, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn e Sebastião Melo. Na ocasião, o Senhor Presidente informou que o Parecer exarado pela Procuradoria da Casa, por solicitação do Vereador Sebastião Melo, considerou não haver impedimento de ordem jurídica à tramitação do Projeto de Lei do Executivo nº 053/03. Também, foram apregoadas as seguintes Emendas e Subemendas: de autoria do Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02 (Processo nº 2342/02), a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03 (Processo nº 5347/03), a Emenda nº 02 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 038/02 (Processo nº 1085/02); de autoria do Vereador Valdir Caetano, Líder da Bancada do PL, as Emendas nos 06 e 07 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03 (Processo nº 5347/03); de autoria do Vereador Cassiá Carpes, Líder da Bancada do PTB, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02 (Processo nº 2342/02). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 045/03, por dezenove votos SIM e dez ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelo Vereador Haroldo de Souza, em votação nominal solicitada pelo Vereador Marcelo Danéris, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Darci Campani, Juberlei Bacelo, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Renato Guimarães e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 143/03, por dezoito votos SIM e treze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Pedro Américo Leal, Luiz Braz, Juarez Pinheiro, Isaac Ainhorn, Wilton Araújo e Elói Guimarães, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Wilton Araújo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Darci Campani, Juarez Pinheiro, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães e Zé Valdir. Na ocasião, face manifestação do Vereador Sebastião Melo, relativamente à ordem de votação dos Projetos desta Sessão, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do assunto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/03. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/01, com ressalva da Emenda a ele aposta, por dezessete votos SIM e doze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelo Vereador João Carlos Nedel, em votação nominal solicitada pelo Vereador Renato Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Pestana, Darci Campani, Juarez Pinheiro, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães e Zé Valdir. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/01. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02, com ressalva das Emendas e Subemendas a ele apostas. Foram aprovadas as Emendas nos 01 e 02, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 e a Emenda nº 03, todas apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02. Na ocasião, o Vereador Cassiá Carpes manifestou-se acerca do teor da Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02. Foi rejeitada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02, por doze votos SIM, treze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador Marcelo Danéris, tendo votado Sim os Vereadores Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal e Wilton Araújo, Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Darci Campani, Juarez Pinheiro, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Foi aprovada a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/02. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 021/03 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião Melo, Juarez Pinheiro, Reginaldo Pujol, Carlos Alberto Garcia, Elói Guimarães e Luiz Braz e encaminhado à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Elói Guimarães e Isaac Ainhorn, teve sua votação suspensa, face à inexistência de quórum deliberativo. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, a Vereadora Margarete Moraes cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Juarez Pinheiro. Também, o Vereador Dr. Goulart manifestou-se acerca de decisão judicial que indeferiu pedido da Bancada do Partido dos Trabalhadores, o qual solicitava a composição por blocos partidários da Comissão Parlamentar de Inquérito a ser instaurada na Casa com o objetivo de averiguar denúncias de irregularidades na área da saúde pública no Município. Ainda, o Vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando a redistribuição de cópias da ordem de votação dos Projetos constantes na Ordem do Dia da presente Sessão e o Senhor Presidente, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Sebastião Melo e manifestação do Vereador Isaac Ainhorn, prestou esclarecimentos acerca da possibilidade de apresentação de Requerimento de adiamento de votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, foi rejeitado Requerimento de autoria dos Vereadores Elói Guimarães e Sebastião Melo, solicitando o adiamento, por duas Sessões, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, por treze votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Marcelo Danéris, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo, Wilton Araújo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Darci Campani, Isaac Ainhorn, Juarez Pinheiro, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Zé Valdir. Na ocasião, o Vereador Elói Guimarães manifestou-se em relação à apuração do resultado do Requerimento de autoria dos Vereadores Elói Guimarães e Sebastião Melo, acima referido, tendo o Senhor Presidente prestado informações sobre o assunto. Após, foi rejeitado Requerimento de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando o adiamento, por três Sessões, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, por treze votos SIM e dezesseis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo, Wilton Araújo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Darci Campani, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Juarez Pinheiro, Juberlei Bacelo, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães, Valdir Caetano e Zé Valdir. Na oportunidade, o Vereador João Antonio Dib, na condição de Presidente deste Legislativo, manifestou-se acerca de sua presença nas Sessões Ordinárias realizadas durante a semana passada e no dia de hoje. Às dezoito horas e trinta e nove minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores João Antonio Dib, Elói Guimarães e Maria Celeste e secretariados pela Vereadora Maria Celeste. Do que eu, Maria Celeste, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores Vereadores presentes.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Darci Campani está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Juberlei Bacelo.

 

O SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib; demais Vereadores, colegas do DMAE, colegas da Previdência que também estão aqui presentes, eu gostaria de fazer a última intervenção deste ano, uma intervenção de balanço do nosso Gabinete. Nós tivemos oportunidade, neste ano inteiro, de passar aqui como Vereador desta Casa e realizamos um pouco daquilo que gostaríamos de ter feito em termos de construção de uma nova cidadania na Cidade de Porto Alegre.

Tivemos a satisfação de conhecer pessoas das mais dignas, das mais gratificantes. Tivemos oportunidade, por duas vezes, de prestar homenagem ao grupo de atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz, o qual já conhecíamos das atuações, dos contatos que tínhamos enquanto órgão público, muitas vezes, ou enquanto simples cidadãos, quando víamos o Oi Nóis Aqui Traveiz atuando. Dessa vez, pudemos estar um pouco mais perto das pessoas que constituem o grupo, pudemos conversar com elas, saber não só do sucesso que elas têm, que não é o mais importante, mas também da seriedade do trabalho e do caráter engajado do grupo. Conversando pessoalmente com essas pessoas, consegui sentir a energia que elas passam pela proposta de vida que levam, pela proposta de teatro que trazem para a sociedade brasileira, inclusive, no atual estágio, com 25 anos de vida, já alcançaram reconhecimento internacional. Uma das homenagens que prestamos ao grupo foi o Prêmio Qorpo Santo, quando conseguimos, com a aprovação de todos os Vereadores desta Casa, dar essa honra, essa distinção ao grupo Oi Nóis Aqui Traveiz pelo trabalho que vem desenvolvendo no teatro.

Também prestamos homenagem ao nosso colega de universidade Dr. Iván Izquierdo, pesquisador, médico da nossa universidade, que trabalha com uma daquelas coisas mais importantes para o ser humano: a memória. Uma das coisas mais importantes para nós, da esquerda, também sempre tão discutida, tão lembrada para o trabalhador, é a memória - memória enquanto movimento. O professor da nossa universidade, uma autoridade internacional, pesquisa exatamente a memória, não dos grupos, mas a memória do indivíduo, como ela se processa, como se conduz dentro da nossa mente, o processo de memorização, o processo de guardar as mensagens que a gente recebe. Tivemos oportunidade de prestar uma homenagem ao Dr. Iván Izquierdo. Eu o conhecia de nome, mas não pessoalmente, e conseguimos ver nele também um Cidadão de Porto Alegre, hoje com o Título de Cidadão de Porto Alegre, que nós tivemos a sensibilidade de propor e esta Casa de acolher. Argentino, escolheu morar em Porto Alegre; conhecemos mais um porto-alegrense de grande alma, uma pessoa de grande generosidade, não só no seu conhecimento, mas, pelo contato que a gente teve com familiares, vimos que é uma grande pessoa, um grande ser humano.

Encerramos o ano de 2003 com um balanço positivo do nosso mandato na defesa da qualidade da nossa Cidade. Cidade que tem a maior renda per capita de todo o Brasil - das Capitais, é lógico, pois, sempre que se compara, se comparam as nossas Capitais -, tem os melhores índices de abastecimento, de coleta de lixo, de esgoto. São os índices mais elevados de todas as Capitais do Brasil que dão a Porto Alegre o título de Capital de melhor qualidade de vida do nosso Brasil.

Estivemos aqui defendendo exatamente esse Projeto que encontra um natural campo de debate com a Oposição, que às vezes se acirra um pouco, às vezes pode extrapolar os limites, a adrenalina, mas um debate que é bom de se fazer, exatamente porque a gente sabe que, por detrás desse debate, está o crescimento da nossa Cidade, o crescimento da qualidade de vida da nossa Cidade.

Desejo a todos os porto-alegrenses um bom 2004! Que essa troca de ano seja a máxima felicidade junto aos familiares, junto àqueles de quem a gente gosta. Bom 2004 também para todos os Vereadores, especificamente ao Ver. João Dib, que nesses dias encerra o seu mandado de Presidente da Câmara, ao qual felicitamos por este ano, que foi um ano de bastante êxito para a Câmara. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Pedro Américo Leal.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, os jornais nos noticiam, informam-nos e orientam-nos sobre vários assuntos que ocorrem em nosso País. Primeiro, uma pesquisa do IBGE nos diz que aumentou a pobreza e a miséria em nosso País durante o Governo Lula e que, em termos nacionais, aumentou o desemprego de 10,5% para 13%.

O nosso ilustre Presidente é recordista em viagens internacionais, inclusive algumas para visitar velhos amigos, como Fidel Castro, Hugo Chávez e, agora, Kadafi. Vantagens comerciais para o País, nenhuma, mas sim ajuda para os parceiros ideológicos. Além das inúmeras trapalhadas ideológicas, inclusive aquela da construção de um galinheiro subterrâneo no Palácio da Alvorada, projeto do ilustre arquiteto Oscar Niemayer, agora a Folha de São Paulo de domingo nos revela que a alta Administração do Executivo Federal gastou, de janeiro a outubro, cinco milhões e quarenta e cinco mil reais, gastos com cartões de crédito - em cartões de crédito! Solicitado o detalhamento dessas despesas, a assessoria informou que esses gastos seriam restritos à segurança presidencial e que, se revelados, poderia o Presidente ser atingido por atos de terrorismo. Está escrito e assinado, e eu tenho cópia do jornal aí.

Ora, vejam só, senhoras e senhores, enquanto isso, em São Paulo, a Prefeita Martha Favre admite 465 funcionários em cargos de confiança, num ano pré-eleitoral. Ora, se isso não é corrupção eleitoral, eu não sei como deve ser chamado. Também em São Paulo começa a desvendar-se a teia de corrupção na Prefeitura do Partido dos Trabalhadores, em Santo André, com a prisão de vários implicados, inclusive do ex-sócio e amigo do Prefeito assassinado.

Aqui em Porto Alegre eu acho que a Prefeitura perdeu o controle, porque não repassa o que deveria passar ao Previmpa; não cumpre as promessas do Orçamento Participativo, pois muitas obras desde 2000 ainda não estão nem iniciadas; não paga as dívidas com fornecedores e empreiteiras, portanto são paralisadas as obras; não paga desde janeiro a conta de iluminação pública à CEEE, já por volta de 16 milhões, e pressiona esta Câmara para aprovar a Taxa de Iluminação - mais encargos tributários aos contribuintes; não cumpre com os investimentos em educação e, agora, vai levar muita “paulada” na CPI do caos da Saúde. E é por isso que se encerrou o ciclo do Partido dos Trabalhadores em Porto Alegre. E também é por isso que o meu Partido, o Partido Progressista, lançou, na quinta-feira, a pré-candidatura do Deputado Jair Soares a Prefeito, para retomar o ciclo de desenvolvimento e bem-estar da população. Chega de atraso. Vamos optar pelo desenvolvimento, pelo progresso da nossa Cidade.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Raul Carrion.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, já há alguns dias, eu estava aguardando pela oportunidade de poder prestar contas a esta Casa e à população da nossa Cidade sobre as minhas atividades em representação oficial da Câmara Municipal de Porto Alegre em dois eventos internacionais que significaram, para mim, importantes oportunidades de aprendizado e de inspiração de propostas para o nosso Parlamento.

Considerando o mandato que tenho desenvolvido e a minha história na luta em defesa dos direitos das mulheres, eu recebi um convite da presidência da Federação Democrática Internacional de Mulheres, que realizou, na Ásia, um evento com lideranças políticas femininas de todos os continentes, no Vietnã. O evento teve um significado muito grande do ponto de vista da construção de sugestões de ações políticas por parte das lideranças políticas de todos os continentes. Trabalhou-se a questão do tráfico de mulheres, a questão das políticas de paz, as questões das integrações das instituições na garantia de poderes às mulheres e da definição de políticas que fizessem avançar o conjunto da luta das mulheres e da humanidade na construção de uma sociedade com mais tolerância e mais igualdade de oportunidade de direitos.

A questão que mais chamou a atenção nesse convite, na decisão da nossa participação, foi o fato de o país anfitrião desse evento ter sido o Vietnã, e não poderia ter sido diferente. O Vietnã é um país que segue no imaginário das gerações com mais de 30 anos desse país, como um país que enfrentou uma guerra de defesa e que saiu vitorioso, apesar de ser um pequeno país da região da Indochina, no Sul da Ásia, contando com condições econômicas absolutamente desfavoráveis.

Muitas pessoas me perguntaram por que uma reunião dessa importância acontecia no Vietnã e não na Europa, na França ou em países ricos do Norte europeu, ou nos Estados Unidos. Eu acredito que a oferta da Federação das Mulheres Vietnamitas para sediar esse evento de lideranças femininas de todos os continentes deu-se exatamente por uma política hoje feita, construída naquele país, de abertura econômica e de abertura da política internacional vietnamita. O Vietnã é um país de 80 milhões de habitantes, com uma Capital aproximadamente do tamanho de Porto Alegre, que vive um processo político e econômico muito interessante, considerando a circunstância das políticas econômicas internacionais. É um Estado socialista que, do ponto de vista político, preserva a sua concepção de Estado socialista, mas que tem, do ponto de vista econômico, desenvolvido uma política econômica de negociação com todos os países, abrindo as fronteiras, fazendo a exportação do seu principal produto - porque ele hoje é o maior produtor mundial de arroz - e com a experiência de poder local, de desenvolvimento local extremamente interessante.

Para concluir, eu quero apenas registrar que o nosso evento, além do debate teórico, nos permitia acompanhar os projetos de ação social efetivas e, entre eles, eu destaco, para concluir a minha intervenção, a possibilidade de, durante um dia inteiro, acompanhar os projetos do Grammy Bank - que é uma das experiências mundiais mais famosas hoje na área do microcrédito, experiência baseada na experiência de Bangladesh, que tem mudado o perfil econômico dos pequenos Municípios. Inclusive acompanhamos as experiências de um Município com crescimento de 10% do PIB no Estado, no Norte de Hanói; num momento de crise econômica como esta, realmente é uma experiência que vale a pena ser observada.

O que ficou para mim muito evidente é que os processos de desenvolvimento econômico e de redução da desigualdade passavam necessariamente pela participação das mulheres e a sua inserção nos processos produtivos e políticos, ressalto que a representação no Senado daquele País é de quase 30%.

Eu já fiz os relatórios técnicos, estão à disposição das Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores e constam num projeto de prestação de contas que já encaminhei para esta Casa.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Renato Guimarães está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sra. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu também aproveito a oportunidade para relatar uma representação que fiz desta Casa no 2º Encontro Nacional do Movimento Político pela Unidade, movimento esse que se constituiu a partir da representação de vários partidos políticos, constituiu-se a partir da representação de várias tendências religiosas, de diversas linhas da militância social. O centro desse movimento e desse encontro foi um debate tratando de construir um conceito de fraternidade como um caminho para a construção da democracia, da liberdade, da condição de fazermos política com um grau de unidade, sem detrimento do bem comum. Esse encontro se realizou em Brasília e contou com a representação de mais de quinhentos Parlamentares, dirigentes de diversos movimentos políticos.

Nos dois dias de debate, nós tivemos a oportunidade de conhecer a experiência desse movimento - que é um movimento internacional - na Argentina, a experiência desse movimento na Europa, fundamentalmente na Itália. Discutimos, a partir dos representantes desse movimento da Itália, de onde se originou essa caminhada de construção, a idéia de unidade na política, a origem e os fundamentos principais desse movimento. Também tivemos a oportunidade de discutir experiências de como em Parlamentos, como em Administrações Municipais, nas mais diversas representações institucionais, esse movimento vem-se constituindo e também aproveitamos a oportunidade do encontro para pensarmos numa estratégia para que os Parlamentares de diversas Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas, que estavam lá no encontro, pensassem no desdobramento dessa idéia de podermos, para além das barreiras ideológicas, para além das barreiras partidárias, estar construindo mesas, construindo agendas comuns para pensarmos políticas, políticas sociais, políticas para o povo.

Tiramos de lá vários encaminhamentos, e eu fiquei como um dos responsáveis por articular, neste Parlamento, a possibilidade de estarmos construindo aqui também um diálogo de unidade, de discussão sobre temas que poderemos tratar, apontando encaminhamentos para a sociedade. É interessante relatar, e eu trago isso como um destaque no exemplo, que os militantes, a representação da Argentina, Parlamentares e dirigentes de instituições da Argentina, nos trouxeram um relato de que esse movimento, naquele momento de crise, de desilusão, Ver. Pedro Américo Leal, junto às instituições políticas e democráticas, construiu uma visão de que nem tudo estava acabado e que havia a necessidade de se recuperar, nas relações democráticas, o fazer político; o fazer político com amor. Na verdade, o homem público se entrega a uma função que não é a de promover a guerra, e sim de promover a paz, de promover o entendimento para que o conjunto da população, o conjunto da sociedade, ganhe.

Então, nós ficamos, Ver. Pedro Américo Leal, incumbidos de fazer, de cumprir essa tarefa, de estar, no momento, chamando este debate aqui na Casa e, na retomada do ano legislativo, em 2004, vamos estar encaminhando isso.

Eu gostaria de finalizar a minha intervenção no mesmo sentido desse relatório, dizendo ao Ver. João Carlos Nedel que, da observação que faço de suas intervenções nesta tribuna, lamento, mas não consigo enxergar crítica no sentido de que tem algo de certo, tem algo acontecendo, no sentido de acertarmos na Cidade. A lista de intervenções do Ver. João Carlos Nedel é sempre muito negativa, de quem não consegue enxergar nada. Entendo que é muito ruim para o Parlamento, quando se faz um debate a partir de um ponto de vista totalmente negativo, que nega tudo. A crítica no acertar e no errar é necessária, mas ela não pode ser a crítica da negação, porque esse tipo de crítica não promove movimento, não promove transformação. Dessa forma, todos nós perdemos. Dialeticamente, o Ver. João Carlos Nedel, quando sobe a esta tribuna, não colabora com o Parlamento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o Ver. Renato Guimarães reclama do Ver. João Carlos Nedel a respeito de uma postura negativista. Em verdade, neste ano, não há muita coisa para festejar mesmo, Ver. Renato. No sábado, aliás, o Ver. Nedel teve motivo para festejar, porque promoveu uma grande reunião das principais lideranças do Estado em torno de dois acontecimentos que se interligavam e que foram coincidentes: o descerramento da placa denominativa de duas ruas na Santa Fé com os nomes, respectivamente, de Carlos de Britto Velho e Laudelino Medeiros. Eu tive oportunidade de estar presente no evento, o que me deu grande satisfação pessoal, porque, como disse na oportunidade, se tratava de homenagear aquele que tinha recebido o meu primeiro voto - Carlos de Britto Velho - na eleição para o Senado da República, candidato que era da Frente Democrática, com Perachi de Barcellos para o Governo do Estado e Otelo Sanches Loran na suplência. O Ver. Pedro Américo Leal lembra isso e votou junto na oportunidade, amigo pessoal que era do Britto Velho e reconhecedor dos seus grandes dotes pessoais, das suas qualidades de homem vibrante, da sua bravura, do seu destemor, ao longo do tempo, dando inúmeras demonstração altaneiras. Definitivamente, ele será lembrado, pelo menos, pelos moradores daquele bairro que vão querer, agora, pesquisar quem era o Professor Carlos de Britto Velho, que agora é nome de uma rua.

Ao mesmo tempo, nós homenageamos - homenageou o Ver. João Carlos Nedel e eu, humildemente, somei-me a ele - o Professor Laudelino Medeiros.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exa. permite um aparte?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vossa Excelência só me honra, aliás não sei se não é o meu derradeiro pronunciamento neste ano e, se o for, com o aparte de Vossa Excelência, eu fecho o ano com chave de ouro.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: Já que V. Exa. enaltece a figura de Britto Velho, que não era do meu Partido, quero dizer a Vossa Excelência que, quando fui eleito Deputado Estadual, tive a grata surpresa de, numa noite, ao chegar, saber que estava na sala de visitas do meu apartamento o então Professor Carlos de Britto Velho, que vinha apenas para se congratular comigo pela eleição que eu tinha obtido, era essa a tamanha envergadura desse homem. É tamanha distinção que me deu, que não posso me esquecer dessa grata satisfação que me proporcionou.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Como eu previa, o seu aparte se transforma no destaque do meu pronunciamento, porque V. Exa. agrega um depoimento pessoal, que, naturalmente, transforma o meu pronunciamento num pronunciamento importante, porque detentor do seu depoimento pessoal.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: Só que o Britto Velho - como nós o tratávamos - tinha uma rara, quase que mania: ele sempre beijava o rosto daquele que visitava. E, nesse dia, não podia deixar de fazer isso comigo e beijou-me. O que distinguia a sua personalidade invulgar, tamanha a sua grandiosidade e fulgurância na política do Rio Grande.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito, agradeço a Vossa Excelência. Eu dizia que, coincidentemente, com o descerramento da placa da Rua Carlos de Britto Velho, nós tínhamos a do Professor Laudelino Medeiros, que não foi tão conhecido nacionalmente como o Britto Velho, mas que para mim, pessoalmente, tinha um valor extraordinário, equivalente e quiçá até superior ao de Britto Velho, pela sua condição de conselheiro, amigo, de homem que me recebia no meu centro acadêmico, naqueles momentos em que a gente fica com algumas confusões até ideológicas, existenciais. E eu ia-me valendo da amizade com seu filho, Luiz Inácio Medeiros, valendo-me dos seus conselhos e sempre o tive disposto, receptivo, e, muitas vezes, em relação a algumas coisas que eu não enxergava adequadamente, ele me dava um novo olhar, uma nova visão, com a qual eu passava a conviver e, evidentemente, melhor racionalizava as minhas posições.

Por isso digo que o Ver. João Carlos Nedel, autor dessas duas propostas, tido hoje como negativista, tem pouca coisa para festejar neste ano, todos nós brasileiros temos pouquíssimas coisas para festejar neste ano. Mas, pelo menos, essa festa ele partilhou e nos ensejou a compartilhar com ele, dando uma demonstração de que alguma coisa de bom e positivo ocorreu nesta Cidade este ano, uma delas, indiscutivelmente, foi esse reconhecimento público, esses dois notáveis professores que o Rio Grande do Sul conheceu. Era isso, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu não posso aqui, neste espaço de Comunicação, furtar-me de fazer um comentário em relação à prisão de Saddam Hussein. Todos nós, Ver. Cláudio Sebenelo, temos de repudiar qualquer ditadura, mas eu quero aqui dizer que, para mim, o maior ditador do mundo não é Saddam Hussein, mas o Sr. George Bush. Este é o ditador que tem ceifado milhares de vidas em todos os países, especialmente os periféricos, quando há essa trágica intervenção norte-americana, e repatriando as economias locais em favor de meia dúzia de empresas que comandam o mundo e que comandam o império americano. Com isso eu não estou dizendo, Ver. Pedro Américo Leal, que nós aplaudimos Saddam Hussein. Não, pelo contrário, também se trata de um ditador sanguinário, mas achamos que os povos devem ter a sua autodeterminação, e não é a ocupação dos americanos que vai autodeterminar o que o povo do Iraque deve fazer. Então, eu não poderia deixar de fazer esse registro, Saddam Hussein é um ditador, sim, mas, para mim, aquele que é o pior dos ditadores, indiscutivelmente, hoje é o Bush. Ontem foram outros, mas são ditadores aqueles que vêm dirigindo os Estados Unidos. Essa é a primeira questão.

A segunda questão - e eu não vou-me imiscuir com profundidade nas questões alheias do ponto de vista partidário - é que quero lamentar aqui, em termos de democracia, Ver. Nereu D’Avila, o que nós presenciamos ontem, o guilhotinamento de alguns Deputados do Partido dos Trabalhadores. O que esses companheiros defenderam e votaram no Congresso Nacional foi aquilo que, historicamente, o Partido dos Trabalhadores defendeu: uma Reforma da Previdência que fosse pública e não para privatizar. E a Reforma da Previdência que aconteceu não foi para tornar a previdência dos trabalhadores e muito menos pública. Portanto, esses Deputados votaram com a história do PT e, por votarem com a história do PT, foram expulsos do Partido. Eu penso que eles estão com coerência, e o Partido dos Trabalhadores não está com a coerência. Eles votaram contra uma Reforma Tributária que nem sequer “desburrocratizou” a vida de qualquer cidadão brasileiro. Presidente João Antonio Dib, a Reforma Tributária vai aumentar, e já está aumentando, significativamente, a carga tributária neste País, e foi contra isso que eles votaram e por isso foram expulsos. Eu penso que o direito das minorias nos Partidos políticos, Ver. Elói Guimarães, deve ser assegurado sempre. Eu penso que defendemos o fechamento de questão, defendemos a obediência partidária, defendemos tudo isso, mas achamos que o direito da minoria deve ser preservado dentro dos Partidos políticos. Então, eu queria lamentar esse episódio, não me imiscuindo naquilo que é do PT, mas eu não podia deixar de fazer esse registro.

Terceiro, eu queria dizer, Presidente, que ontem o PMDB realizou uma magnífica convenção estadual, em que retornou à Presidência do Partido o velho guerreiro e sempre novo Pedro Simon. Eu penso que o Partido, numa grande convenção, demonstrou que pode avançar muito mais naquilo que foi a sua concepção. Lembro-me muito bem de que, nas horas mais difíceis deste País, foi por meio da sociedade civil, mas também irmanada com o velho MDB, que as mudanças vieram: as Diretas, a Anistia, a Constituinte e tantos outros avanços. Não basta uma democracia formal, onde o cidadão tem o direito a votar e ser votado. É o momento da democracia social, Ver. Pedro Américo Leal. E a democracia social vai muito além do voto, ela tem de ir na direção do resgate da cidadania. Por isso, nós, nessa convenção, privilegiamos esse debate, essa retomada de eixo de um País que é rico, mas que tem uma grande parcela da população que vive com dificuldade, porque há uma enorme concentração de renda no País, e, portanto, uma grande parte das pessoas vive em condições de absoluta miserabilidade. Portanto, a retomada do nosso companheiro Pedro Simon à Presidência do Partido foi um ganho, foi um avanço para o Rio Grande do Sul e para o Brasil. Eu me lembro muito bem de que foi o André Forster, entre tantos outros companheiros do Rio Grande do Sul, que ajudou a dar uma linha de social democracia, de esquerda ao PMDB. E acho que o Pedro Simon vai contribuir nessa retomada de discussão com o Partido e com a sociedade. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. 5204/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 381/03, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Margarete Moraes, que institui homenagem ao Escultor Vasco Prado mediante denominação de uma esplanada situada na orla do Guaíba e da colocação de um monumento no local.

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. 6633/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 472/03, de autoria do Ver. Luiz Braz, que declara de utilidade pública o Centro Cultural Nova Acrópole do Rio Grande do Sul.

 

PROC. 6650/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 474/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que altera a Lei n.º 8.940, de 8 de julho de 2002, que institui a Semana Municipal da Capoeira e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Os Srs. Vereadores João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Cláudio Sebenelo, Aldacir Oliboni, Zé Valdir, Maria Celeste, Darci Campani e Reginaldo Pujol, que estavam inscritos em Pauta, desistem para que possamos dar seqüência à Sessão.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quisera eu ter essa sorte do Partido dos Trabalhadores no dia de ontem. Essa sorte que acompanha os vencedores. Ontem, pouco antes de começar a expulsão de quatro proeminentes figuras do Partido, o Brasil foi sacudido com a prisão de Saddam Hussein, e, evidentemente, o espetáculo que seria dado pelo processo de expulsão passou para um plano extremamente secundário. Hoje, com toda a calma e sem paixão nenhuma, estranha e coniventemente, as Lideranças do Partido dos Trabalhadores ocupavam todo o espaço radiofônico, pela manhã, dizendo que estava bem, que isso era assim mesmo e que, com naturalidade, foram ultrapassados os limites daquilo que, de certa parte, encantou a população brasileira: um certo radicalismo, uma certa audácia, um certo avanço do processo ideológico, que foi interrompido, que foi manietado e, para não dizer que é da CPI da Saúde, amputado por um dos processos que, se não envergonham a Nação, deixam a Nação entristecida, porque para quatro dessas pessoas, que nenhum crime cometeram, o sonho acabou.

As questões a serem analisadas não são as questões ideológicas, não são as questões partidárias, são as questões afetivas. Mesmo que os racionalistas briguem sob todas as formas e digam que pode ser uma bobagem, o afeto é importante na vida. Eu não sei por que, um dia, fui torcer para um clube chamado Sport Club Internacional. Eu não sei! Se me perguntarem mesmo a razão...“É uma questão de DNA?”, “É uma questão de determinismo histórico?” Não sei. Da mesma forma, se perguntarem para essas quatro pessoas, que ontem foram expulsas do PT, por que elas escolheram o Partido dos Trabalhadores, elas também não sabem o por quê. DNA? Determinismo histórico? Não sei.

Pois, uma das entrevistas mais melancólicas, uma das entrevistas mais tristes que eu vi na minha vida, foi ontem no jornal Zero Hora, quando entrevistaram a Deputada Luciana Genro. E o repórter perguntava para ela, de uma forma simbólica, metafórica, não sei como o repórter perguntou: “As bandeiras do Partido, o que a senhora vai fazer com elas?” Ela, ironicamente, mas com uma tristeza infinita no coração, disse para quem mais se omitiu nesse processo: “Eu vou deixar as duas bandeiras do Partido, que eu tenho, com o Tarso.” E onde se lia Tarso, leia-se seu pai.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1599/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 051/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que denomina Rua Alfredo Neri Soares um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 051/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Há 23 Srs. Vereadores no plenário.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3570/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 189/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Derly Jukowsky Martinez um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Cavalhada.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 189/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3641/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 247/01, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que denomina Rua Gomercindo de Oliveira um logradouro público não-cadastrado, localizado no Loteamento Chapéu do Sol.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 247/01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3753/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 209/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Monte Sião um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Restinga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 209/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3813/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 218/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que fixa o traçado da Rua dos Guenoas, localizada no Bairro Espírito Santo.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 218/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4100/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 233/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Gilberto Silva Belmonte um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 233/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4105/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 236/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Luiz Carlos de Oliveira Santos (Butiaco) um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta. Com Emenda n.º 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 236/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 236/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4107/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 238/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Praça Valderez de Castilhos Pedro um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 238/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4125/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 242/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Heleno Nobre um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 242/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4140/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 248/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua do Cedro um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Restinga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 248/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4221/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 257/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua João Pedro Batista um logradouro não-cadastrado, localizado no Barro Lomba do Pinheiro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 257/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4380/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 330/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Osmar Gomes um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 330/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4382/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 332/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Leonor Dionísia Peres um logradouro público cadastrado, localizado no Barro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 332/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4590/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 353/03, de autoria do Ver. Beto Moesch, que denomina Rua Hermann Mathias Görgen um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 353/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4610/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 355/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Serra da Mocidade um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 355/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4688/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 358/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Lagoa do Peixe um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 358/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4689/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 359/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Serra do Cipó um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 359/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4743/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 363/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Parque Reserva do Açungui um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 363/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4869/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 365/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Rufino Antonio Monteiro os logradouros públicos cadastrados, conhecidos como Rua 14 e Rua 17, localizados no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 365/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 5215/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 383/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Leonilda Flores Rubens um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 383/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4462/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 083/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o Prêmio Destaque Atlético à Ginasta Daiane dos Santos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 083/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 6195/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 116/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Professor Lauro Bohnenberger.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 116/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 6089/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 112/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Eduardo Henrique de Rose.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 112/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM; por unanimidade dos presentes.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3611/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 197/03, de autoria do Ver. Luiz Braz, que declara de utilidade pública o Partenon Tênis Clube, sociedade recreativa, desportiva e cultural.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 197/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3980/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 036/03, que declara de utilidade pública a Entidade “Associação Educacional Vinícius de Moraes – AEVM”.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 03-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE nº 036/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4208/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 037/03, que declara de utilidade pública a Associação de Amparo ao Homem do Interior – ASSAHI.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Renato Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 03-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE nº 037/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Solicito que as Lideranças elaborem a pauta de votação, para que possamos dar continuidade a esta que é a última Sessão Ordinária.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h18min.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib - 15h32min): Estão reabertos os trabalhos. As Lideranças organizaram a pauta de votação.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 6605/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 122/03, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Lei n.° 5.811/86, dando nova redação ao inciso III do parágrafo único do art. 43, ao “caput” do  art. 45, suprimindo-se seu parágrafo único e os incisos I e II deste, bem como dando nova redação ao § 3.º do art. 47, que dispõem sobre a gratificação aos funcionários em atividade de preparo de pagamento, e dá outras providências.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1.º, III, da LOM;

- dispensado de Parecer, nos termos do art. 102, § 4.º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 11-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 122/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade. Há 32 Srs. Vereadores no plenário.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 6760/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 053/03, que autoriza a abertura de créditos adicionais no Departamento Municipal de Água e Esgotos – DMAE e na Administração Centralizada e dá outras providências. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE nº 053/03. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu havia, quando veio esta matéria, não havendo acordo, votado contrariamente o Parecer da Comissão Conjunta. Ver. Isaac Ainhorn, eu já havia falado com V. Exa., e, no final de semana, fui estudar a matéria. Estou convencido de que, da maneira que está colocado, é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, no seu art. 35, esse empréstimo do DMAE para a Prefeitura. O Governo vai dizer que não é empréstimo. É empréstimo, porque, quando eu estabeleço prazo para pagamento e até a taxa de juro, é de empréstimo, sim, o que estou tratando. Essa questão, Sr. Presidente, precisa ser respondida. Eu gostaria que a Procuradoria da Casa se manifestasse, porque não vou votar um Projeto de Lei contrário à Constituição e à Lei de Responsabilidade Fiscal. Eu estou convencido de que esta matéria fere o dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é uma Lei que vem para estabelecer parâmetros nessas relações.

 

O Sr. Marcelo Danéris: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, o art. 1º deste Projeto de Lei, que garante a transferência financeira para o DMAE, primeiro, do ponto de vista do mérito, garante o pagamento em dia do décimo terceiro salário para os servidores municipais. E é bem claro (Lê.): “Fica o Departamento” - o DMAE; eu não vou ler tudo - “autorizado a abrir crédito especial até o valor de 26 milhões de reais sob a forma de transferência financeira.“ O art. 35 da Lei de Responsabilidade Fiscal trata de operação de crédito, não trata nem de abertura de crédito, nem de transferência financeira. E trata de operação de crédito entre os entes federados: entre Município e Estado, entre Estado e Federação, entre Federação e Município, e assim por diante. Não entre o próprio ente - também não é disso que trata o art. 35. Aqui está “transferência financeira”, e a transferência financeira é da Administração Centralizada para o DMAE, tudo dentro de um Orçamento consolidado - está legal todo o processo. Mas o mais importante, Ver. Sebastião Melo, é garantirmos que, no dia 19 de dezembro, o servidor público municipal receba em dia o seu décimo terceiro salário, não atrapalhando o Natal do servidor.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Marcelo Danéris, eu quero dialogar com Vossa Excelência. Eu não sou da base do Governo, mas, se o Governo quisesse resolver isso, Vereador-Presidente, ele poderia ter feito uma Mensagem Retificativa, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal autoriza essas transações e excetua outras. Eu estou falando aqui de Receita corrente, e pagamento de salário está dentro de Receita corrente. E isso a Lei não autoriza, mas a Lei autoriza outras coisas. Agora, não dá para dizer...com todo o respeito, trata-se de um empréstimo para pagar em duas, três vezes, inclusive estabelece a taxa Selic. É evidente que nós estamos preocupados com o pagamento do décimo terceiro salário, ninguém aqui é irresponsável! Agora, nós também sabemos que há dinheiro disponível na conta da Prefeitura, na Administração Direta, e se deveria ter acompanhado com mais clareza este empréstimo e dizer qual é a disponibilidade de caixa que tem hoje a Prefeitura. Isso não foi colocado.

Eu quero me ater, Ver. Isaac Ainhorn, ao seguinte: se o Governo quisesse resolver esta questão, ele poderia, inclusive, fazer uma Mensagem Retificativa, mas como está fere a Lei, e, se fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, esta Casa, que é fiscalizadora, não pode dar guarida a isso. Vou encerrar, Ver. Pedro Américo Leal. O que diz lá o nosso artigo? (Lê art. 35 da Lei de Responsabilidade Fiscal.): “É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades das administrações indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação da dívida contraída anteriormente. Parágrafo 1.º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades de administração indireta, que não se destinem a: I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes”.

Portanto, quando a Lei estabelece, ela está dizendo que em outras transações ela pode fazer, mas, para despesa corrente, não.

Então, portanto, quem sabe a Prefeitura pudesse colocar o empréstimo do DMAE na conta da Prefeitura para pagar fornecedor e tirar o dinheiro do fornecedor para pagar o funcionário? Bom, é uma operação que pode ser feita. Agora, como está colocada, não pode ser feita. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Ver. Sebastião Melo, que solicitou a manifestação da Procuradoria, no Processo consta (Lê.): “Vem a esta Procuradoria, para parecer prévio, o Processo nº 6760/03, Projeto de Lei do Executivo nº 053/03, que autoriza abertura de créditos adicionais no Departamento Municipal de Água e Esgoto e na Administração Centralizada e dá outras providências”. Não há impedimento de ordem jurídica à tramitação da matéria. O Parecer é assinado pela Procuradora-Geral da Câmara, Dra. Marion Alimena.

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para discutir o PLE nº 053/03.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, no dia de ontem, eu tive a oportunidade, Ver. Sebastião Melo, V. Exa. que vem trabalhando já há mais dias sobre este Processo, de ouvir alguns juristas, alguns especialistas em Direito Público e Direito Administrativo sobre a legalidade de um empréstimo do DMAE, sob a forma de transferência financeira, para a complementação de recursos para pagamento de folha de pessoal e encargos da Centralizada para a Administração Centralizada, no caso, a Prefeitura.

A observação que me foi feita, Ver. Sebastião e demais colegas Vereadores, é de que o empréstimo por parte do DMAE à Centralizada se constitui numa afronta à Lei nº 4.595, que organiza o Sistema Financeiro Nacional, que estabelece que mútuo em empréstimo de recursos só pode ser feito por instituições financeiras devidamente registradas para essa finalidade no Banco Central. Foi o Parecer que eu obtive, data vênia, Ver. Beto Moesch, do entendimento que teve a douta Procuradoria desta Casa, que entende que não há óbice legal para que o DMAE empreste seus recursos para a Administração Centralizada.

E aqui é uma questão de mérito. Por mais justos os motivos existentes para que esse recurso seja usado para o pagamento de natureza de salário e subsídios de funcionários públicos municipais... Na realidade, eu chamo a atenção dos Srs. Vereadores para o fato de que, por mais mérito que a matéria tenha, ela enfrenta óbices legais intransponíveis, e, se esta Casa autorizar, ela solidariamente, por meio inclusive dos votos individuais dos Srs. Vereadores...serão co-responsáveis pela autorização e poderão, no futuro, vir a ser acionados individualmente por essa razão. Até porque ao DMAE não é lícito fazer empréstimo para a Centralizada, até porque o DMAE tem, na sua estrutura de autarquia de direito público, finalidade definida em Lei, que é a prestação de serviços d’água no âmbito da Cidade de Porto Alegre, e não se encontra, dentro da Lei que criou o DMAE, a finalidade de emprestar os seus recursos, mesmo com autorização desta Casa. Se o fizer, estará violando o texto legal, e o juízo de conveniência e de legalidade, neste momento, é do conjunto dos Vereadores desta Casa. Eu gostaria, já que essa questão foi enfocada por meio de um outro prisma, que, se fosse necessário, ouvíssemos novamente a auditoria da Casa.

E mais uma circunstância: aos Vereadores compete a responsabilidade dos atos de fiscalização do Poder Executivo. Eu tenho a certeza de que os Vereadores desta Casa não pretendem renunciar às suas responsabilidades de natureza fiscalizatória. Portanto, temos de observar muito bem, mesmo que o empréstimo esteja travestido sob formas diferentes, mas não deixa de ser um empréstimo. Eu coloco isso à reflexão. A minha contribuição e reflexão, Ver. Sebastião Melo, vai para um outro lado, não vai pelo lado da Lei de Responsabilidade Fiscal, vai, sim, pela Lei nº 4.595, Lei do Sistema Financeiro Nacional, vai pelas finalidades legais que foram atribuídas ao Departamento Municipal de Águas e Esgoto. Se querem compactuar com essa ilegalidade, que compactuem, agora, não digam que não houve alerta. Só o tempo vai dizer se estávamos certos ou não. Uma simples ação de responsabilidade vai observar desvio de finalidade e vai comprometer, inclusive, individualmente, aqueles que votaram, porque já há jurisprudência nesse sentido, da responsabilidade solidária, dos atos legais, nos atos praticados nos seus votos pelos Vereadores.

Portanto, fica essa reflexão, essa observação, até porque - para concluir - há outros recursos da municipalidade que poderiam ser usados, inclusive aqueles aplicados em CDB, para pagar o décimo terceiro salário dos funcionários públicos municipais.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 053/03.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, essa matéria tem mérito extraordinário na medida em que são recursos imprescindíveis ao cumprimento da obrigação do Município com seus servidores no que diz respeito ao décimo terceiro salário. Então, a questão de fundo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a questão material, dá-se exatamente no campo de o Município poder, com os recursos, cumprir uma obrigação fundamental para os servidores, que é fazer chegar, no devido tempo, o décimo terceiro salário.

Então, vou-me colocar nessa linha, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vendo a realidade concreta, objetiva dos servidores, sem antes, por outro lado, deixar de reconhecer algumas dificuldades no campo legal, mas que, sobre a disposição, há uma controvérsia. A definição de operação de crédito, evidentemente, pode ter a sua abrangência, dependendo da corrente de interpretação que eu me coloque: é uma operação de crédito ou não é uma operação de crédito? É um empréstimo? É uma antecipação ou não? Considerando que há uma relação político-institucional entre o ente federativo e a autarquia, o ente federativo faz repasses à autarquia, é público, então, chega-se ao momento em que uma interpretação, Ver. Sebastião Melo, pode conduzir à proibição, e nós temos de interpretar a referida norma.

Evidentemente, a Lei de Responsabilidade Fiscal veda - nós não ignoramos o art. 35, parágrafo 1º, inciso I - o deslocamento de recursos financeiros para as despesas correntes. Mas considerando a grande finalidade, a inquestionável finalidade, que em outras circunstâncias deveria ser tratada de forma diferente, pois está em jogo a massa do funcionalismo público municipal, penalizado pela atual Administração, na medida em que há crédito a receber do Executivo com o cumprimento dos reajustes decorrentes da bimestralidade... Há um crédito.

Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, como é que vamos negar, não tendo o Executivo encontrado outra forma, ao funcionalismo essa oportunidade? Fica, aqui, a nossa discussão favorável ao presente Projeto, fazendo uma interpretação no sentido de ver da possibilidade de se aprovar, sim, o Projeto, em que pese a disposição explícita do art. 35, parágrafo 1º, inciso I, da Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLE nº 053/03.  O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu quero lamentar que não tenha havido uma discussão maior no plenário, até porque este Projeto tramitou em Regime de Urgência. Eu esperava, sinceramente, um grande debate sobre essa matéria, até porque tem sido o Ver. João Antonio Dib um crítico implacável em relação à política de finanças do Município de Porto Alegre, o Vereador tem, sistematicamente, denunciado que o Executivo tem dinheiro em caixa e que aplica em CDB.

Quem tem dinheiro em caixa, quem tem recursos aplicados em certificado de depósito bancário, quem recebeu, no mês de dezembro, antecipação de IPTU com recebimento sem aplicação do IGPM do ano que vem para fazer um caixa neste momento, não pode dizer que não tem dinheiro para pagar o décimo terceiro salário. Se mostrasse, efetivamente, por A+B, que não tem dinheiro, Ver. Reginaldo Pujol, para pagar o décimo terceiro salário do funcionalismo público, eu não teria dúvidas em votar favoravelmente, mesmo havendo uma afronta ao interesse maior e social da população. Eu pergunto: há dinheiro no caixa da Prefeitura ou não? Se há recursos aplicados em certificados de depósito bancário, não se pode argumentar o empréstimo, que será tomado do DMAE, para pagar o décimo terceiro salário, já que há dinheiro em caixa.

Eu gostaria que os demais Vereadores da Oposição, porque é lógico, da Situação atravessa tudo, mas os Srs. Vereadores da Oposição que, historicamente... E, nessa questão das finanças do Município, nós nunca aceitamos as manifestações do Sr. Prefeito Substituto João Verle. Nunca aceitamos que a Prefeitura estava sem dinheiro, porque havia dinheiro aplicado em CDB. E quanto é que há neste momento no caixa da Prefeitura da arrecadação de IPTU? Será que com esses recursos não dá para pagar? E, assim, não precisar pegar o dinheiro do DMAE, cujos recursos são para aplicar em investimentos no próprio DMAE. Agora, para os funcionários municipais, a bimestralidade nem se fala.

Enquanto isso, há três meses, Ver. Sebastião Melo - e isso aqui é um fato -, há três meses, a Prefeitura voltou lá para o Paço Municipal; em compensação, o Prefeito não entregou as salas no edifício Moura Azevedo. Isso é que é uma má gestão dos recursos públicos! Estão lá, se aboletaram lá no edifício Moura Azevedo, na Rua Uruguai, onde alugaram salas e salas, andares e andares - e tinha gente famosa lá que teve sala naquele edifício também -, se aboletaram lá e voltaram para a Prefeitura velha, para o prédio da Praça Montevidéu! Ora! Voltaram para o prédio da Praça Montevidéu, mas não devolveram as salas, continuam locadas lá, e, para pagar a bimestralidade dos funcionários públicos municipais, não há dinheiro! Agora, para continuar locando salas, há! Que gestão é esta? Que Administração é esta? Por isso, nós vamos votar contra a autorização do empréstimo do DMAE, porque há recursos.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 053/03.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, evidentemente, tem de faltar, Ver. Elói Guimarães, dinheiro para pagar o décimo terceiro salário, porque este Governo, em primeiro lugar, gasta demasiadamente com a mídia para pagar o Cidade Viva. Então, para quem gasta dessa forma com o Cidade Viva, vai faltar dinheiro para alguma coisa. Para o Governo que faz aliança e aumenta os CCs lá no gabinete do Prefeito para fazer acordo político aqui nesta Casa, 18 CCs para um lado, 16 para outro, é claro que tem de faltar dinheiro para o décimo terceiro salário!

Agora, Ver. Isaac Ainhorn, veja como a Bancada do Governo age quando está no Governo e como age quanto está na Oposição. O Governador Rigotto, Ver. Elói, não teve um voto favorável da Bancada do PT na Assembléia Legislativa para aprovar o décimo terceiro salário. Nenhum voto! E os argumentos são os mesmos que nós estamos usando aqui, Ver. Isaac Ainhorn. Então, eu quero dizer o seguinte, Ver. João Dib, Presidente digno e honrado desta Casa, com todo o respeito ao Parecer da Sra. Procuradora, figura qualificadíssima, advogada pública: ela falou da tramitação, ela não enfrentou essa questão do ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal. Qual é a nossa atitude, Ver. Isaac? E aí eu quero fazer um apelo a V. Exa. e quero convidar V. Exa. para que, juntos, entremos no Tribunal de Contas e no Banco Central. Vamos nos abster dessa votação, porque também não vamos passar para a opinião pública que nós, da Oposição, vamos fazer como o PT fez na Assembléia, que não quis que pagassem o décimo terceiro salário. Vamos nos abster da votação e imediatamente, amanhã, vamos fazer uma representação no Tribunal de Contas e pedir uma inspeção especial, pontual sobre essa questão, porque não somos nós, Ver. Isaac, que vamos fazer o que o PT fez lá em cima. O PT queria que não pagassem o décimo terceiro salário dos funcionários. E todos têm de saber disso. O Governador Rigotto fez um esforço, não tinha dinheiro, pegou o Estado liquidado, quebrado, sucateado. Aliás, eu sempre disse nesta tribuna: para governar depois do PT tem de ser arqueólogo, porque eles deixam as finanças em ruínas. Deixaram o Estado liquidado! Caixa único com rombo de 1 bilhão e 400 milhões de reais. Oitocentos milhões de reais sem empenho.

Então, a Oposição, nesta Casa, vai-se abster, em nome dos servidores - não em nome da Prefeitura -, que, aliás, têm sido maltratados, sim. A sua bimestralidade, Ver. Isaac Ainhorn, foi para o beleléu, o lanche do operário da SMOV foi para o beleléu, mas o Cidade Viva continua, a cecezada continua, os andares não-ocupados continuam. Portanto, vamos nos abster desta matéria, Sr. Presidente, para termos a legitimidade de representar, o que faremos no Tribunal de Contas e no Banco Central, porque, na verdade, essa camuflagem - abertura de crédito suplementar - não procede, é empréstimo, sim, e estão pagando juros. Mas não vamos fazer como o PT fez lá em cima: o PT não queria o pagamento para tirar dividendo político disso; quebraram o Estado e depois não deram condições para o Governador. Nós vamos fazer o contrário, mas não vamos deixar esse assunto encerrar aqui, nós vamos levar às instâncias competentes para que fiscalizem, se necessário, até o Ministério Público. Essa é a nossa posição, Sr. Presidente. Poderiam ter encaminhado diferente essa matéria; fizeram em Regime de Urgência. É empréstimo, sim, senhor, e empréstimo não está correto, porque a Lei veda. Não sou eu que estou dizendo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa apregoa a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 aposta ao PLL nº 140/02.

A Mesa apregoa a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 aposta ao PLCE nº 010/03.

A Mesa apregoa a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 aposta ao PLCE nº 010/03.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 053/03.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu também observei, com muita atenção, esse art. 35 da Lei de Responsabilidade Fiscal e tenho uma interpretação diversa, Ver. Elói Guimarães, daquela que foi feita pelo Ver. Sebastião Melo e daquela que foi expressa, aqui, pelo Ver. Isaac Ainhorn. Eu vou ler o art. 35 para que os Srs. Vereadores possam ter uma opinião a respeito dele. Diz o art. 35 (Lê.): “É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro,...”

Ora, então, entre dois entes da Federação nós não podemos fazer operação de crédito. Está aqui escrito. Mas o que é um ente da Federação? O Município de Porto Alegre é um ente da Federação. Agora, todos os organismos que estão dentro do Município de Porto Alegre, a Administração Direita e Indireta, tudo, na verdade, faz parte desse mesmo ente da Federação. Então, nós não estamos fazendo, Ver. Elói Guimarães, uma operação de crédito entre entes da Federação, nós estamos fazendo uma operação de crédito entre uma autarquia e a Centralizada.

Ora, Ver. Sebastião, eu respeito o seu saber jurídico, não estou querendo contestá-lo, estou querendo apenas dar uma nova interpretação: se é possível - e acontece constantemente, Ver. Isaac Ainhorn, V. Exa. que foi meu professor na Escola Ritter dos Reis - se fazer e se acontece constantemente o repasse de verbas da Centralizada para as autarquias. É o que acontece em todos os Orçamentos. Ora, se existe dinheiro nas autarquias, por que não é possível fazer inversamente isso que aconteceu numa determinada via? Como que não se pode fazer numa via inversa? Eu acho que estaria realmente equivocada a legislação se fosse essa.

O art. 35 veda - e, realmente, eu acho que com muita sabedoria - operação de crédito entre entes da Federação, mas nós não podemos chamar uma autarquia de um ente da Federação. O Município de Porto Alegre é um ente Federado, e é exatamente esse ente Federado que, dentro das suas instituições, quer fazer uma operação. Eu acredito que isso é absolutamente possível.

O que nós podemos, Ver. Sebastião Melo - e aí eu fecharia, realmente, com a Oposição -, é contestar o mérito. Nós realmente podemos nos abster enquanto Oposição e questionarmos o seguinte: será que é necessário, realmente, fazer-se essa operação? Pegar dinheiro do DMAE para poder garantir o décimo terceiro salário? Será que é necessária, realmente, essa operação para que se possa pagar o décimo terceiro salário do funcionalismo público? Eu não sei. Eu não sei se, realmente, no Município, hoje, nós temos os recursos necessários para fazer esse pagamento. Eu acredito que está sendo uma demasia da Administração querer apanhar esse dinheiro do DMAE, por meio dessa operação de crédito, para poder pagar o décimo terceiro salário. Agora, eu acho que nós não podemos, realmente, cometer esse equívoco, na minha opinião, de interpretação, de achar que existe uma ilegalidade nessa transação da passagem de recursos de uma autarquia para a Centralizada. Se é possível - e o Ver. Darci Campani, que foi Diretor do DMLU, sabe muito bem que o DMLU constantemente precisava de recursos da Centralizada para poder fazer com que o seu Orçamento pudesse ser coberto -, então, vejam, se tivesse dinheiro demais no DMLU, não seria possível repassar de volta. Seria realmente incabível que isso não pudesse acontecer!

Então, eu acho que, pela legalidade, nós não podemos votar contra o Projeto. Nós podemos até nos posicionar contrariamente por causa do mérito - saber se realmente é necessária essa transação para que se pague o décimo terceiro salário. Realmente, se houvesse um acordo entre as Oposições, eu acompanharia as Oposições. Com relação à legalidade, realmente, eu não posso me posicionar, por discordar da interpretação inicialmente feita. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 053/03.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, este Projeto tem um objetivo específico, que é o de possibilitar - segundo a Administração Centralizada do Município - o pagamento do décimo terceiro salário. Nós temos várias dúvidas no sentido do que compõe o caixa e as reservas do Executivo Municipal da Cidade de Porto Alegre. A grande verdade é que, esses dias, nós autorizamos a venda de ações da Petrobras, para que, com fim específico, finalidade única, se pudesse aplicar no conjunto, no complexo da chamada Pista de Eventos Populares. Se há esse recurso, que nós autorizamos, e a venda será efetivada, é porque existem recursos. Existem recursos aplicados, segundo o Ver. João Antonio Dib - que acompanha a matéria mês a mês, passo a passo -, e, também, existem essas reservas em ações e outros ativos imobilizados. Nesse sentido, resta a dúvida dos Vereadores da Oposição sobre a necessidade de se fazer essa tomada de recursos junto ao DMAE.

E mais do que isso, a Administração do “tudo é transparente”, do “todo mundo sabe o que acontece dentro da Administração”, a Administração da transparência, da translucidez dos atos da Administração, e, ainda, a consulta popular permanente sobre todos os assuntos, deixa-nos, neste caso, perplexos. E eu digo por que, Ver. Elói Guimarães: o DMAE é uma autarquia e, assim como as outras autarquias, tem o seu Conselho; e esse Conselho, seja do DMAE, do DMLU, enfim, das autarquias, deve ser consultado, ainda mais quando são tirados recursos, Ver. Isaac Ainhorn, do Erário do Departamento. E eu gostaria que alguém do Executivo pudesse me dar essa informação, porque, neste caso, eu sei, de fonte segura, de conselheiros que desconhecem a matéria. Ou seja, não foi sequer pedido ou comunicado ao Conselho do DMAE esse empréstimo, o qual não é pequeno e vai sair, provavelmente, do dinheiro de investimento do Departamento, vai reduzir a capacidade de investimento do Departamento, e o Conselho não foi sequer consultado. O Conselho Consultivo do DMAE desconhece o teor da matéria que está sendo votada na Câmara Municipal de Porto Alegre. Essa é uma constatação das mais... E a Bancada Governista creio que não sabe disto: que o Conselho da DMAE sequer conhece a matéria, Ver. João Antonio Dib - Presidente desta Casa que foi diretor do DMAE durante muito tempo e que sabe da importância do Conselho do DMAE nas decisões. Neste caso, sequer foi consultado o Conselho, Vereador.

Mas eu acho que a Oposição não pode ser irresponsável. A Oposição, se o Executivo diz que precisa de recursos e que vai tomá-los de uma autarquia do próprio Município, deve concordar com isso porque é um ato administrativo do Executivo, sob sua responsabilidade. A Câmara Municipal não pode cair na armadilha de votar contra esta matéria. Isso se avizinha como armadilha, sim. Não há como inviabilizar o pagamento do décimo terceiro salário dos senhores funcionários. As responsabilidades desse ato administrativo, que não tem a aquiescência e nem o conhecimento formal do Conselho do DMAE, são, sim, do Executivo; e dele será cobrado nas instâncias que a Câmara tiver, se constatado fato da ilegalidade ou de outros. O Ministério Público poderá ser acionado, sim. Mas é um ato de responsabilidade do Executivo Municipal e por ele serão responsabilizados - o Sr. Prefeito e os administradores desta Cidade.

Nesse sentido, fica aqui a denúncia de que sequer o Conselho sabe o que está aqui na Casa para votar. Mas nós temos responsabilidade, vamos dar o aval.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, o PLE nº 053/03. (Após a chamada nominal.) APROVADO por 24 votos SIM, 02 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1553/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 045/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que denomina Roberto Barros (Betinho) o espaço destinado ao recuo para a bateria na Pista Oficial de Eventos e Desfiles Carnavalescos Carlos Alberto Barcelos - Roxo.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-08-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 045/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, sei que temos importantes Projetos a serem votados hoje, este também julgo de importância, não usarei, evidentemente, os cinco minutos a que tenho direito. Só estou pedindo uma homenagem ao Roberto Barros, o Betinho, no espaço destinado ao recuo para a bateria na Pista Oficial de Eventos e Desfiles Carnavalescos Carlos Alberto Barcelos, o Roxo, que já recebe essa homenagem. O Betinho foi Presidente da Escola de Samba Imperadores, presença marcante em todas as atividades carnavalescas, foi parceiro do Carlos Alberto Barcelos, o Roxo, e possui importância na realização de muitos carnavais porto-alegrenses, por isso estou pedindo para que o espaço destinado ao recuo da bateria, durante os desfiles das escolas de samba, leve o nome do Betinho, homenagem que pedimos em nome de todos os carnavalescos da nossa Capital. Juntemos o Roxo e o Betinho na avenida, onde, na vida, neste plano, eles foram parceiros permanentes e amigos, o que reforça este meu pedido. É uma homenagem que se faz no mundo do carnaval, simplesmente isso. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo Danéris, o PLL nº 045/03. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 10 ABSTENÇÕES.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2890/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 143/03, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal, que estabelece a isenção do pagamento da tarifa do sistema de estacionamento rotativo pago (área azul) em vias e logradouros públicos do Município de Porto Alegre, aos sábados.

 

Observações:

- por resultar empatado, deixa de constar o Parecer da CCJ, nos termos do Art. 54, § 1°, do Regimento da CMPA;

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 113 da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 143/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Exmo. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, sempre fui contra e serei sempre contra esta forma de exploração da Cidade por parte da Prefeitura. A Cidade de quem é? É do Prefeito? É do cidadão? Creio que é mais do cidadão do que do Prefeito. Pois lotearam a Cidade, o Centro da Cidade, cobrando nesta tal de Área Azul, que nada tem a ver com o Grêmio Futebol Porto-Alegrense, sou do Internacional, não há em mim nenhuma indireta. Pois bem, o Prefeito resolveu lotear a Cidade e cobrar um percentual.

Fui eu que aqui, sem ser pedido por nenhum possuidor de apartamento no Centro da Cidade - nenhum deles me procurou, eles sabem muito bem que ninguém me procurou e que também ninguém me agradeceu depois de feita a Lei -, consegui sucesso, para que aliviassem a cobrança desse dinheiro que, de uma forma impositiva, o Prefeito exige que os moradores paguem no Centro da Cidade. Mas por que eles vão pagar? Eles moram ali! Não tem garagem! Os edifícios eram feitos naquele tempo sem garagem. E, no Centro da Cidade de Porto Alegre, era a dura realidade. Os apartamentos não têm garagem. Vossas Excelências não sabiam disso? Existem, sim, edifícios-garagem, que cobram, assim como cobra o Prefeito. O Prefeito e os edifícios concorrem na arrecadação impositiva de dinheiro. Mas de quem é a Cidade? A Cidade é nossa! Eu sou contra, sou absolutamente contra a Área Azul. Estou mandando à parte jurídica do meu Partido, para estudar um Projeto no ano que vem, que deve ser meu último ano, para que nós aqui decidamos pelo extermínio, pela eliminação das Áreas Azuis. Fora as Áreas Azuis! Fora! A Cidade é nossa, estacionem à vontade! Para que quadricular a Cidade, de maneira terrível, impositiva, discriminatória? Por que isso? Pois bem, invenções da modernidade, que o PT abocanhou. É, Ver. Juarez Pinheiro, abocanhou!

Eu estou fazendo aqui um Projeto de eliminação, pelo menos aos sábados; existem profissões que não são exercidas no dia de sábado. Então, o cidadão, com os seus filhos, com a sua mulher, vai passear pela Cidade e coloca o seu carro ao seu bel-prazer, com liberdade, ó, a liberdade! Por que quadricular a Cidade? Daí decorre exigência de troco, exigência de guichês, de cartões, de máquinas, de coisas desagradáveis, tolhendo nossa liberdade. Por quê? Eis aí a possibilidade de V. Exas. pelo menos reagirem a essa sanha arrecadatória da Prefeitura e dizer um não, um basta: aos sábados não, aos sábados a população estaciona o carro onde quer e vai passear à vontade. Vossas Excelências façam o que quiserem. Eu faço a proposta; V. Exas. examinam a minha proposta. É só isso.

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 143/03.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Antonio Dib, Presidente da Casa; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, Ver. Pedro Américo Leal, eu não posso estabelecer um diálogo com V. Exa., porque nós estamos apenas nos encaminhamentos, mas vou dizer que essa Lei dos estacionamentos rotativos começou com uma Lei deste Vereador, de 1989, que, se não me engano, é a Lei nº 6002, que dá oportunidade para os estacionamentos rotativos na área central da Cidade. Por que nós criamos esses estacionamentos na área central? Foi exatamente para os espaços que não eram democratizados, pois as pessoas colocavam seus carros, muitas vezes, bem cedo, pela manhã, e os retiravam bem tarde, não dando oportunidade para aqueles que quisessem fazer qualquer operação no Centro da Cidade, como ir a uma loja ou a um banco.

Seria muito bom, Ver. Pedro Américo Leal, se não houvesse a necessidade de os espaços do Centro da Cidade serem rotativos, isso só seria possível se tivéssemos poucos automóveis ou poucas pessoas para ocupar a Região Central da Cidade. Como há muitas pessoas que querem ir ao Centro da Cidade, como há carros lá estacionados e que não saem, realmente, tem de ser feita alguma coisa para que haja a rotatividade, para que haja democratização desses espaços. Então, eu acredito, Ver. Juarez Pinheiro, que, enquanto houver uma atividade, enquanto houver comércio aberto no Centro, enquanto os bancos estiverem abertos no Centro, enquanto a população tiver de ir ao Centro da Cidade, enquanto, Ver. Pedro Américo Leal, houver a possibilidade de as pessoas estarem no Centro, utilizando esses espaços para estacionamento, nós temos de dar um tempo para que cada cidadão utilize esses espaços. Entretanto, acho que, no domingo ou no sábado, depois que o comércio fecha no Centro da Cidade, realmente não tem cabimento cobrar-se a Área Azul. O que aconteceu? Colocaram a Área Azul em toda a Cidade, o que acredito ser uma demasia e também considero uma certa vinculação com a arrecadação que o Município tem de ter ou até de agradar alguma empresa que, de repente, vá realizar esse trabalho por intermédio de terceirização. Mas acredito que para as regiões centrais da Cidade, durante a semana, durante a época em que as pessoas têm de ir ao Centro, não há uma outra maneira de podermos democratizar esses espaços do Centro, a não ser, realmente, mantendo a Área Azul.

O Ver. Pedro Américo Leal diz que, no ano que vem, vai apresentar um Projeto para revogar essa Legislação. Confesso que serei contrário a esse Projeto que o Ver. Pedro Américo Leal anuncia, mesmo o tendo como um dos expoentes aqui desta Casa, como alguém que, realmente, dita regras nesta Casa porque tem conhecimento suficiente para que isso venha a acontecer. Mas, com relação à Área Azul, eu acho que, realmente, o Ver. Pedro Américo Leal deveria tentar, pelo menos, de alguma forma, vislumbrar outra maneira de modificar esse Projeto, sem acabar com essa possibilidade de termos todas as pessoas, todos os cidadãos podendo estacionar lá no Centro da Cidade. Se tivéssemos que baixar, Ver. Wilton Araújo, o preço da Área Azul, ou, de repente, tentar, de alguma forma, democratizar ainda mais o estacionamento do Centro, eu acho que nós deveríamos fazê-lo. Agora, voltar ao esquema antigo, quando algumas pessoas usufruíam dos espaços do Centro e a maioria da população ficava sem essas condições de poder estacionar no Centro da Cidade, eu acho que, realmente, é um regresso que nós não devemos permitir nesta Casa, porque, afinal de contas, nós estamos aqui para defender o conjunto de toda a população. Nós não podemos aqui defender apenas algumas pessoas; nós temos de defender a sociedade no seu todo. Por isso mesmo, eu acredito que negar a Área Azul, nesta altura dos acontecimentos, seria realmente negar essa representatividade que nós fazemos do conjunto de toda a sociedade. Nesse sentido, sempre que alguém tentar voltar às antigas, tirar a possibilidade da rotatividade, eu vou votar contrariamente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 143/03.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a intervenção do Ver. Luiz Braz foi lapidar e assentou, na verdade, o eixo dessa discussão, Ver. Luiz Braz, que trabalha esse tema há muito tempo.

O Ver. Leal não deve afastar-se desse plenário, não. Nós somos contra que ele venha a se aposentar, pelo seu brilho, pela sua inteligência, pelo seu companheirismo e pela sua importância para a Cidade. Mas o Ver. Leal aqui labora em absoluto equívoco! O Ver. Pedro Américo Leal quer privatizar os espaços públicos. O Ver. Luiz Braz apanhou a essência desse tema. A Cidade não é de meia dúzia, Ver. Pedro Américo Leal. Vossa Excelência disse aqui na tribuna: “A Cidade é de todos.” Vossa Excelência diz que a Cidade é de todos, mas quer deixar a Cidade na mão de meia dúzia. O Ver. Pedro Américo que, seguidamente, anda lá pelo Bourbon Country, fazendo não sei o quê - eu sei, mas não posso aqui dizer -, sabe que aquelas pessoas que não querem pagar estacionamento no Shopping Iguatemi ou no Bourbon Country, depois de uma hora, estacionam os seus carros em frente ao pequeno comércio.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: Vossa Excelência permite um aparte?

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Eu não posso conceder-lhe um aparte, mesmo que desejasse, este é um período de encaminhamento.

Vossa Excelência sabe que eles colocam seus carros perto de um pequeno comércio e os deixam ali por horas a fio, e fazendo isso, meu amigo Ver. Leal, impedem que as pessoas possam ter acesso ao pequeno comércio. A pessoa estaciona o seu carro ali por 4, 6, 8, 10 horas, e as pessoas que querem ter acesso ao pequeno comércio ou que querem visitar os seus familiares ficam impedidos.

Na verdade, Ver. Leal, V. Exa. abordou esse tema falando no Centro, mas não é isso. A proposta do Ver. Leal é de que aos sábados não haja a cobrança, é essa a proposta, mas V. Exa. votou para que os comerciários trabalhassem domingo, e o Tribunal de Justiça, infelizmente, entendeu que até no domingo tem de trabalhar, e o Vereador sabe que o comércio está aberto todos os sábados, que a vida continua funcionando de tarde, e, mesmo assim, à tarde, não é cobrado. Mas de manhã, na hora de maior pico no comércio, para o acesso e vitalização das nossas avenidas, não é possível, como disse o Ver. Luiz Braz, que alguém utilize o espaço público como sua garagem pessoal. É esse o tema, Ver. Leal. Eu até acho que V. Exa., escutando-me, vai votar contra a sua proposta, porque V. Exa. é uma pessoa de boa-fé, de boa índole e disse aqui que a Cidade é para todos, mas aqui V. Exa. veio defender uma Cidade para alguns.

É por isso, como disse o Ver. Luiz Braz, que os espaços públicos, Ver. Leal, têm de ser democratizados, todos têm de ter acesso a esses espaços, não é porque um prédio não tem uma garagem que vai se punir toda a coletividade. Portanto, essa é uma iniciativa, de todas do Ver. Leal, daquelas não muito felizes, é por esse motivo que nós temos de pedir, inclusive ao Ver. Pedro Américo Leal, que aqui apregoou que a Cidade é para todos, que o Vereador Leal também vote contra essa proposta. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 143/03.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. Pedro Américo Leal, eu não sou um bom parceiro no dia de hoje, porque não ganhei uma, ainda, mas estou com o senhor, espero que essa o senhor leve, porque esse “discursozinho” que começa a dizer que a liberação das Áreas Azuis beneficia os supostos poderosos... Olhe, eu não sei bem o que pretende; eu sei que, em algumas áreas da Cidade, o Executivo Municipal não coloca Área Azul. Vou-lhe citar uma, por enquanto, onde funcionava a Justiça Federal, na Rua Mostardeiro, em que todos os decalques da Rua Comendador Caminha eram do PT, e vejam: ali não havia Área Azul, porque houve um abaixo-assinado para não haver Área Azul.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Renato Guimarães.)

 

O SR. ISAAC AINHORN: Assim não dá, V. Exa. não vai fazer arruaça aqui, Vereador. Arruaça V. Exa. faz lá...

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Há um orador na tribuna, solicito que haja respeito. Ver. Renato Guimarães, por favor.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Vereador, V. Exa. está certo, V. Exa. está excepcionalizando sábado. Vossa Excelência não está contra a Área Azul, Vereador, V. Exa. está viabilizando a possibilidade de, sobretudo, numa época de crise, de dificuldades para classe média, essa que empobrece avassaladoramente, diariamente, e o senhor sabe disso, o senhor acompanha. E vejo que agora seus atuais companheiros - não seus antigos companheiros -, com os quais o senhor sempre tem um bom diálogo - o senhor é um homem de diálogo -, hoje vão contra o senhor aqui. Fazem-lhe a corte, fazem-lhe elogios e tal. E a sua generosidade, a sua bondade, muitas vezes, dá margem a que eles fiquem, como se diz usualmente, lhe enfeitando.

Agora eles estão lhe dizendo que o seu privilégio do sábado é no sentido de privilegiar o grande comércio. Não, Vereador. No Bom Fim, no Centro da Cidade não há grande comércio, Vereador. Vossa Excelência, Ver. Juarez Pinheiro, tem de andar mais pela Cidade, tem de acompanhar mais o que acontece na Cidade para ver as dificuldades que tem a população, inclusive o proprietário do carro. O proprietário do carro tem, sim, dificuldade. Agora, o Projeto do Ver. Pedro Américo Leal só está excepcionalizando o sábado pela manhã, retirando a Área Azul no sábado pela manhã, ficando o resto, talvez, Vereador. Lógico que eu, longe de fazer qualquer assertiva de insinuação...quer dizer, quem mais está interessado, inclusive de colocar Área Azul no Centro da Cidade, inclusive no domingo, não só aos sábados, deve ser os concessionários desse serviço. Esses estão muito interessados, até porque vai aumentar o seu volume de arrecadação e o seu grau de retorno também.

Portanto, eu não sou a favor da privatização das áreas públicas da Cidade, por carros que ali permanecem, mas defendo nesta Casa a classe média, sim. Hoje não é rico quem tem carro. Rico tem motorista, Vereador! Rico tem motorista, a classe média tem carro! E não tem mais onde estacionar em Porto Alegre. Não tem onde estacionar! E as tarifas não estão baratas, as reduções dos índices de lotação, do ônibus, é uma realidade. Então, Vereador, acho que V. Exa. está correto. Agora, pedir?! Que cara-de-pau, que laje! Eles já estão querendo que V. Exa. retire o Projeto! Mas eu não acredito que eles estejam mandando em V. Exa. desse jeito! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 143/03.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Exmo. Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores...

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Srs. Vereadores, eu chamo a atenção de V. Exas. que há um orador na tribuna e merece o nosso respeito!

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, esse assunto já veio à Câmara por diversas vezes, foi amplamente debatido. Recordo-me de que, lá pelos idos de 1983, de 1984, quando a Legislação Federal reconhecia como profissão os guardadores de automóveis, em nível nacional, se começou a estudar esta matéria na Cidade, e, naquela oportunidade, por inspiração do Sindicato dos Guardadores e por várias entidades, naquele momento organizadas, fortes, Ver. Beto Moesch, V. Exa. que está recém iniciando o seu mandato nesta Casa, se fazia um Projeto de Lei, aprovado por esta Casa, em que os guardadores de automóveis teriam a função, é claro, com regras, de administrar as áreas da Cidade como profissão. Nós iniciamos essa discussão aumentando o nível dos empregos e dando normas para que as áreas da Cidade pudessem ser administradas por trabalhadores, guardadores de automóveis.

O tempo passou, e nós vimos uma Lei do Ver. Braz, se não me falha a memória, em que se coloca e se cria uma área de estacionamento pago, e, na Legislação, também na regulamentação, principalmente dessa Legislação, se coloca para a fiscalização dessas áreas não mais os guardadores de automóveis, mas os funcionários públicos, em um primeiro momento. Eram funcionários contratos para administrar essas áreas e anotar. Logo após, isso passa para uma empresa, se não me falha a memória, a Carris, uma Empresa Pública Municipal. E ela contrata, porque tem mais facilidade, pessoas e deixa de ser do funcionalismo público, passa a ser de pessoas contratadas por essa empresa.

Pois bem, anda o tempo, e a gente vê que evoluiu para máquinas. Hoje nós temos não só no Centro, como em toda a Cidade, um processo que havia sido iniciado com a idéia de abrir o mercado de trabalho regulamentando a profissão dos guardadores de automóveis, acaba depois de 20 anos, com máquinas instaladas na Cidade. São os caça-níqueis do Poder Público Municipal. Esses caça-níqueis iniciam pequenos, poucos, no Centro. E, como isso vai dando dinheiro, eles vão-se espalhando à revelia da vontade da Casa, inclusive há determinação legal para que viesse à Casa cada extensão ou expansão do sistema, mas isso não aconteceu. Então, o sistema se expande para toda a Cidade, nas suas áreas de maior circulação. Hoje temos os caça-níqueis a cada quadra, em praticamente toda a Cidade. Não temos mais emprego, não temos mais o funcionário público, não temos mais os contratados, mas temos máquinas!

E pior, e acima de tudo, é que essas máquinas não são da Prefeitura, são contratadas por uma concessionária, que ganha o dinheiro, sequer temos a certeza de que esse dinheiro é controlado e sabermos o quanto ganha essa empresa. O Município ganha só um percentual. Quanto ganha essa empresa, Ver. Luiz Braz? Ninguém sabe, não existe esse controle. E o Município ganha um percentual. A quem interessa aumentar o número de caça-níqueis na Cidade e aumentar o número de horas para eles engordarem o bolso? Só à empresa. Está havendo prejuízo por parte do Município a esse respeito. Não há como controlar. Ou se faz o controle eficiente ou a Cidade vai perder muito mais, aliás já está perdendo.

Em cima desse assunto, que trato há 20 anos, gostaria de dizer que sou favorável ao Projeto do Ver. Pedro Américo Leal; favorável, porque ele reduz, ele é sensível a uma realidade pontual, é verdade. Tínhamos de nos debruçar sobre o todo, para tentar dar normas mais eficientes e eficazes para o Município, porque ele não as tem e não sabe quanto arrecada, portanto não sabe quanto deve receber. Esse é o grande ponto da questão! Mas sou favorável, porque é sensível, acho que vai melhorar esse sistema, que deve ser rediscutido no seu todo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa apregoa mais duas Emendas ao PLCE nº 010/03, que fixa alíquotas de contribuição previdenciária.

Emenda nº 06 (Lê.): “Dá nova redação ao inciso I do art. 5º da Lei nº 478 de 26 de setembro de 2002: I – contribuição previdenciária do servidor, ativo e inativo, e do pensionista.” É de autoria do Ver. Valdir Caetano.

Emenda nº 07 (Lê.): “Acrescenta parágrafo único ao art. 95 da Lei nº 478 de 26 de setembro de 2002. Parágrafo único - Incidirá contribuição previdenciária sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo RPPS que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de Previdência Social.” Também do Ver. Valdir Caetano.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 143/03.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em especial o Ver. Pedro Américo Leal, nós, quando Secretário dos Transportes, em 1987 e parte do ano de 1988, tivemos a oportunidade de fazer uma visita a Curitiba e examinar a chamada Zona Azul, que estabelecia uma rotatividade remunerada da utilização dos logradouros públicos na Cidade de Curitiba.

Quando chegamos desse encontro, tivemos a oportunidade de fazer várias manifestações sobre a criação, exatamente, do estacionamento rotativo remunerado na Cidade de Porto Alegre. Então, montamos um grupo de trabalho, na Secretaria Municipal dos Transportes, sob a liderança técnica, altamente especializada, da Dra. Lúcia Grau, era uma técnica de transportes com pós-graduação em diversas universidades. Então, desenvolveu-se, Ver. Luiz Braz, Vossa Excelência que entrou com o Projeto nesta Casa, todo o Projeto para se instalar em Porto Alegre; lá, na hora de discutirmos um nome, eu até sugeri: “No Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, não vamos colocar a denominação Zona Azul, vamos colocar Área Azul”.

Quando o Prefeito Olívio Dutra chegou na Prefeitura, no ano seguinte, se não me falha a memória, colocou em execução o Projeto que deixamos pronto na Secretaria Municipal dos Transportes. Havia todo o estudo, o levantamento, inclusive, Ver. Wilton Araújo, fizemos cursos na Secretaria, convidamos os guardadores de automóveis, aliás, eu tenho recortes da época, os jornais davam muita cobertura naquele tempo sobre essa matéria de transporte. Então, há entrevistas minhas com fotografias, com dados, etc. e tal, isso na época, na ocasião em que se fez um curso na Secretaria envolvendo os guardadores de automóveis para que eles colocassem em execução esse Projeto.

Posteriormente, eu saí da Secretaria, veio o novo Secretário e não sei que dificuldades houve, Ver. Luiz Braz. Assumindo a Prefeitura, o Prefeito Olívio Dutra, no ano seguinte, implantou o referido Projeto, Projeto que nós tivemos a oportunidade de sobre ele trabalhar.

Bem, agora, o Ver. Pedro Américo Leal tem essa iniciativa. Eu defendo a Área Azul, Ver. Pedro Américo Leal, até para democratizar o espaço, porque o espaço, muitas vezes, é individualizado. Uma pessoa coloca o seu carro e ali fica o dia inteiro, quando se pode fazer a rotatividade no espaço e atender ao conjunto de pessoas que necessita, num determinado momento, estacionar o carro. Vossa Excelência quer isentar o sábado, não sei se não seria melhor o domingo, já que a atividade do sábado está igualizada à de todos os dias da semana, já que há uma mobilização, a não ser na área do funcionalismo, a Cidade funciona, as lojas, etc. e tal. Não sei se não deveria ser no domingo. De qualquer forma, é uma iniciativa, e V. Exa. deve continuar inspecionando essa área, porque, realmente, há uma série de defeitos na Área Azul do ponto de vista da sua praticidade. Fica este registro aqui. Eu vou, por solidariedade pessoal, acompanhar V. Exa., mas acho que deveríamos discutir melhor essa matéria. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal, solicitada por diversos Vereadores, o PLL nº 143/03. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM, 13 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Há um pequeno problema aqui no Projeto de Lei ora aprovado. É necessária a maioria absoluta de votos - 17 votos -, e o Projeto obteve 16 votos, mas o Presidente não votou, porque não se apercebeu. Eu acho que devemos votar novamente, se o Plenário concordar. O Presidente cometeu um equívoco.

Em votação nominal, solicitada pelo Presidente, o PLL nº 143/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 18 votos SIM e 13 votos NÃO.

A Mesa deseja esclarecer por que pediu para votar novamente. Aquele que não vota, sendo obrigada a votação, é ausente; o Presidente, presidindo, não poderia estar ausente, por isso pedi que votassem novamente e fico contente que todo o Plenário entendeu que devesse ser feito assim.

Apregoamos a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, ao PLL nº 038/02 (Lê.): “Suprime no art. 2º as expressões ‘ser gratuito e’”.

Passemos ao PLCE nº 008/03. Está incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da Lei Orgânica.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, na verdade, o que havia sido previamente acordado para votar é o Projeto sobre as mães adotivas, e este trata das taxas do Previmpa, portanto acho que houve um equívoco na hora da transcrição.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa recebeu a matéria e a está encaminhando à discussão e votação na forma em que lhe é entregue. (Pausa.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 6625/03 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 012/03, que dá nova redação ao art. 53 da Lei Complementar n.º 478, de 26 de setembro de 2002, que dispõe sobre o Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre e disciplina o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores do Município de Porto Alegre, dá nova redação à alínea “c” do inc. XVI do art. 76 e inclui o art. 154-A ambos na Lei Complementar n.º 133, de 31 de dezembro de 1985, que estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, COSMAM, CEDECONDH e CECE. Relator-Geral Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,  § 1.º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLCE nº 012/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com voto contrário do Presidente.

A Mesa apregoa a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 aposta ao PLL nº 140/02. (Lê.) “Substitui expressões, como segue, no caput e no parágrafo único do art. 3º da Lei 8.880: a) no caput: a expressão ‘entre às nove e dezessete horas, de Segunda à Sábado’ pela expressão ‘entre às nove e doze horas e quatorze às dezessete horas, de Segunda à Sábado’;

b) no parágrafo único: a expressão ‘entre às sete e dezessete horas’ pela expressão ‘entre às sete e doze horas e quatorze e dezessete horas.’”

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3976/01 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO  N.º 023/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que institui o Estímulo por Sensibilidade Social no âmbito do Município de Porto Alegre. Com Emenda n.º 01.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1.º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 19-05-03;

- adiada a discussão por duas Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLCL nº 023/01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLCL nº 023/01. (Pausa.) O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Projeto de Estímulo à Sensibilidade Social está nesta Casa desde 2001. Esse Projeto, simples, prevê carrear recursos para o Fundo Municipal de Assistência Social. E aqueles que fizerem doação ao Fundo Municipal de Assistência Social têm o estímulo de abater em até 50% no IPTU ou no ISSQN. Nós sabemos a carência de recursos que existe na Assistência Social. No último Orçamento, várias Emendas foram feitas carreando recursos para entidades carentes, efetivamente carentes. E este Projeto prevê a alocação de recursos para essas entidades.

Nós fizemos uma discussão pública aqui na Câmara sobre essa matéria. As entidades estiveram presentes, concordaram plenamente, a própria Presidente do Fundo concordou. Eu passei o Projeto à apreciação da Bancada da Situação nesta Casa no dia 3 de novembro, mas, lamentavelmente, não tive ainda a sua posição. Este Projeto voltado à Assistência Social é um grande guarda-chuva que permite investir na Saúde, Ver. Cláudio Sebenelo; na Habitação, meu ilustre Presidente da CUTHAB; em meninos de rua, em creches, em alimentação, em recuperação de presidiários, em moradores de rua.

Alguns alegam a inconstitucionalidade do Projeto, mas eu tenho aqui, inclusive estão apensos ao Projeto, inúmeros Pareceres do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul: do Desembargador Osvaldo Stefanello, do Relator Clarindo Favretto, de Paulo Augusto Monte Lopes, Antônio Janyr Dall’Agnol, Arakem de Assis; do Supremo Tribunal Federal: do Ministro Carlos Mário da Silva Velloso, do Ministro Maurício José Corrêa, do Ministro José Paulo Sepúlveda Pertence e também do Ministro Ilmar Galvão. Todos esses Pareceres estão apensos ao Projeto.

Eu gostaria de apelar aos Srs. Vereadores, bem como gostaria de saber quem tem, realmente, sensibilidade social, quem investe no social, quais os Partidos que defendem a aplicação de verbas para o social. Agora é a grande oportunidade. Nós temos a obrigação de cuidar da Assistência Social. E eu faço um apelo a todos os Partidos no sentido de que carreiem verbas para a Assistência Social. É uma grande oportunidade. Vejam: abatem 50% e os outros 50% ficam líquido para a Prefeitura determinar - há um controle social sobre essas verbas para aplicar no social.

Eu peço, Srs. Vereadores, que votem a favor desse Projeto, em prol das creches; do Pão dos Pobres; do Lar Santo Antônio; das Fazendas Terapêuticas para dependentes químicos; da Pequena Casa da Criança da Irmã Nely; do Albergue João Paulo II, das casas-lares, ou seja, em favor da infância, dos idosos e dos meninos de rua. Fica, então, aqui, o apelo a Vossas Excelências. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Renato Guimarães, o PLCL nº 023/01. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM e 12 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 023/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com votos contrários do Ver. Juarez Pinheiro, da Ver.ª Maria Celeste, do Ver. Renato Guimarães e da Ver.ª Margarete Moraes.       

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2342/02 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 140/02, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que altera a Lei n.º 8.880, de 16 de janeiro de 2002, que disciplina, no Município de Porto Alegre, a venda domiciliar de gás engarrafado. Com Emendas n.os 01 a 04.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto das Emendas n.os 01 a 04;

- da CEFOR. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.os 01 a 04.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM,  em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 140/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com a abstenção do Ver. Sebastião Melo.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 140/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 140/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Em votação a Subemenda nº 01 a Emenda nº 02 aposta ao PLL nº 140/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 03 ao PLL nº 140/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, eu só fiz essa Emenda para uma reflexão dos Srs. Vereadores quanto ao espaço de tempo do meio-dia às duas horas, em que as pessoas são perturbadas em casa com a campainha. É para fazer uma reflexão no Plenário.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo Danéris, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 aposta ao PLL nº 140/02. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM, 13 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 04 ao PLL nº 140/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA com os votos contrários dos Vereadores Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Elias Vidal e Ervino Besson.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 5932/03 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 021/03, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que permite que as escolas da samba do Município realizem um evento por mês, com horário fixado até às quatro horas do dia seguinte. Com Emenda n.º 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,  § 1.º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 15-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLCL nº 021/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 021/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 5347/03 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 010/03, que fixa alíquotas de contribuição previdenciária para fins de custeio do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Com Mensagem Retificativa. Com Emenda n.º 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1.º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 08-12-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLCE nº 010/03. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, esta Casa aprovou anteriormente essa Lei, fruto de uma grande discussão com os funcionários municipais, quando se criou o Fundo de Previdência do Município. Até então os servidores pagavam 4,75%, a partir da Lei nº 478, passaram a pagar 6,75%, e agora o Governo manda um Projeto originalmente querendo passar a alíquota para 11%.

A primeira pergunta, Ver. Reginaldo Pujol - eu gostaria da atenção de V. Exa. como Presidente da Comissão de Justiça, e eu gostaria também da atenção do Ver. Isaac Ainhorn, que é muito atento a essas questões -, que faço: é oportuno votar a alíquota da Previdência enquanto não terminou a votação da Previdência no Congresso Nacional? É oportuno isso, Ver. Juarez Pinheiro? Essa é uma questão que não está respondida. Há uma Emenda colocada pelos servidores em que, em vez de 11%, a alíquota baixaria para 9%. Mas eu quero discutir essa preliminar, em primeiro lugar, da oportunidade da votação dessa matéria antes do término da votação no Congresso Nacional.

Por que eu digo isso, Ver. Juarez Pinheiro? Eu digo isso porque, lamentavelmente, o Governo do Luiz Inácio Lula da Silva tem tido a mesma prática no Congresso Nacional que teve o FHC, que é de atropelar, de não discutir, de “colocar goela abaixo”, de negociar emendas ao Orçamento a favor de voto ao Governo, de negociar Ministério a favor de que votem com o Governo. A Reforma da Previdência, defendida originalmente pelo Partido dos Trabalhadores e por outras forças progressistas, era para qualificar a Previdência Pública, democratizá-la, mas o que se viu na Reforma da Previdência foi que, ao fim e ao cabo, se fez aquilo por que as seguradoras internacionais vêm lutando, Ver. Elói Guimarães, há muitos anos, que é a fatia extraordinária que foi privatizada pela Reforma da Previdência.

O Governo, quando votou a Lei nº 478, dizia que faria um cálculo atuarial não para agora, mas mais para a frente. De uma hora para outra, Ver. Luiz Braz, sem votar a Reforma da Previdência, o Governo diz: “Vamos aumentar a alíquota”.

Eu acho que esta Casa não deveria apreciar esta matéria neste ano; acho que ela deveria aprovar esta matéria na segunda quinzena do mês de fevereiro. Eu acho que nós estamos sendo “mais realistas do que o rei” ao querer apreciar esta matéria antes de o Congresso Nacional dar a palavra final. A Reforma não foi promulgada, além disso está lá uma Emenda paralela sendo discutida. Como é que eu vou votar esta matéria na última Sessão do ano, às 17h35min, sem uma discussão maior? Faço um apelo ao Governo no sentido de que reflita sobre isso. E vamos discutir esta matéria com mais tempo. Somos parceiros para adaptar.

Acho que a Câmara se antecipou com esta Lei, lá atrás, deu a sua contribuição, fez a opção pela Previdência Pública, e todos nós construímos, de forma madura, essa questão. Então, não sei, a não ser que haja um processo de negociação com os servidores, se a manifestação dos servidores vier a esta Casa e disser que eu estou equivocado e que tenho de votar favorável... Mas eu não recebi nenhuma manifestação dos servidores, até porque acho que muitos deles sequer estão sabendo da tramitação desta matéria, Vereador-Presidente. Eu vou me guiar; aqui nesta Casa há dois servidores - o Ver. Elói Guimarães é servidor, e o Vereador-Presidente é servidor -, e eu gostaria muito de ouvi-los sobre esta matéria. É claro que todos têm colaboração a dar, mas os dois são funcionários municipais. Agora, o que eu vejo é mais ou menos a lógica do Congresso Nacional: vamos empurrar. Nós temos de discutir esta matéria, e, portanto, quero colocar, como preliminar, esta reflexão pontual: é oportuno votar esta matéria agora ou não? Fica aqui essa interrogação, Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/03.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Ver. João Antonio Dib, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Sebastião Melo, que fez agora a sua intervenção, nós queremos chamar a atenção porque esta proposta tem, realmente, muita significação. De plano, quero dizer que esta matéria, Ver. Sebastião Melo, foi apreciada - eu gostaria muito de ter a oitiva do Ver. Sebastião Melo - pelo Conselho de Administração do Previmpa, foi apreciada pelos trabalhadores municipais e decorre de mandamento condicional, mandamento legal, no sentido de que as alíquotas para a manutenção equilibrada do sistema de Previdência devem obedecer a cálculo atuarial. O Ver. Sebastião Melo sabe muito bem, Ver. Ervino Besson, que esta matéria foi apreciada pelos servidores, pela entidade, são servidores eleitos pelos seus pares e outros indicados pelo Poder Executivo, num equilíbrio de forças. E apresentaram, os servidores, Emendas a esta proposta.

Nós queremos destacar algumas questões aqui colocadas, caro Ver. Reginaldo Pujol. Por exemplo, é por intermédio dessa iniciativa que se recebe, pelo Projeto, a alíquota de 11%, com base em cálculos atuariais. Houve Emendas, que estão sendo recebidas por nós, diminuindo de 11% para 9%, estabelecendo um fundo de garantia, Ver. Wilton Araújo, no sentido de que uma parcela daquilo que se passa a descontar vá para uma conta em separado. Há pequenas divergências. Os servidores estão solicitando o percentual de 1,25, e essa economia seria feita por um prazo de 20 anos. Nós achamos que isso poderia ser um pouco menor. Temos uma Subemenda. De qualquer forma, é garantido algo que nunca houve, no sentido de que se tenha aí, se for vencedor o cálculo do servidor, Ver. Besson, praticamente num período pequeno, cinco folhas de pagamento garantidas.

De outra parte, Ver. Isaac Ainhorn, é feita uma Emenda no sentido de que, no sistema de capitalização, tudo aquilo que não atingiu dois por um, a partir da votação da última Lei, o Município tem a obrigação, num prazo de 24 meses, de fazer o pagamento à autarquia Previmpa.

Nós queremos dizer, Ver. Sebastião Melo, contrariamente ao que foi aqui colocado, por exemplo, Ver. Wilton Araújo, que no Estado, antes da votação da PEC-67, já se votou a questão do subteto. O que interferiria na nossa proposta aqui colocada seria apenas aquilo da PEC-40, que já foi aprovada no Congresso Nacional, que estabeleceu um percentual de desconto de 11%, mas permitiu que, se por acaso, em base em cálculos atuariais, se provasse que o sistema estava equilibrado, nós estipularíamos percentuais de alíquotas menores que 11%. Nós estamos aqui dizendo que estamos recebendo a Emenda proposta pelos trabalhadores municipais por meio da sua representação, legitimamente eleita por voto popular, no sentido de que, já que os inativos e pensionistas também serão descontados, nós possamos receber essa proposta dos trabalhadores municipais.

Portanto, Ver. Luiz Braz, isso aqui não se trata de uma disputa partidária. Nós estamos, na verdade, tratando dos interesses dos trabalhadores municipais.

O Projeto de Lei com as Emendas apresentadas pelos trabalhadores, por sua representação, pelo seu órgão representativo maior, que é a autarquia, que é o Previmpa, avaliou e apresentou as suas alterações. Eu entendo que, a exemplo do Estado, que inclusive votou o subteto antes de ser votada a PEC que sobre ele trata, nós aqui, com a PEC-40, já votada no Congresso Nacional, temos totais condições e até obrigação de ordem ética e legal, mas sobretudo de ordem ética, de recebendo as observações dos trabalhadores municipais pelo seu órgão, sabendo que um sistema com 6,75% não se sustenta... Se mantivermos essa alíquota, nós não estaremos ao lado dos trabalhadores, Joaquim, estaremos trabalhando contra, porque, com isso, não se mantém a estabilidade atuarial, a estabilidade financeira do sistema.

Então, não há nenhuma razão sequer para que não venhamos a apreciar hoje esta matéria, recebendo as alterações dos trabalhadores - nós temos Subemendas -, que possamos, portanto, manter essa autarquia e esse sistema pujante, para que os trabalhadores municipais possam ter a garantia de que, depois de longos anos de trabalho, ao se aposentarem, ou no caso dos inativos, poderem religiosamente, de forma correta, receber a sua aposentadoria, a sua pensão. Portanto, é obrigação desta Casa, já votada esta matéria no Congresso Nacional, tendo sido a proposta municipal avaliada pelos trabalhadores, por seu órgão, é nossa obrigação fazer aqui a votação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/03.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, nós estávamos preparados para enfrentar essas matérias com relação ao Previmpa, especialmente porque houve um debate anterior, aqui na Casa, que ensejou quatro Emendas, que foram pleiteadas pelos próprios dirigentes do Previmpa e que, de acordo com o nosso entendimento, Ver. Sebastião Melo, nos dava a tranqüilidade do enfrentamento dessa matéria, porque não avançava nesse particular de cobrança de alíquota dos aposentados, eis que esse é um assunto que felizmente não está inteiramente resolvido no Congresso Nacional.

Há uma reação muito forte; a reação não é, hoje, mais restrita ao PFL, há compromissos até com o Senador Paim no sentido de que essas situações sejam regradas de forma diferente daquelas que inicialmente se pretendeu na Emenda Constitucional, que lamentavelmente se logrou aprovada. Existe, acertou bem o Ver. Sebastião Melo, uma Emenda paralela, uma PEC paralela, que é uma figura meio complicada, chamada Conceição-ninguém-sabe-ninguém-viu, a qual agora começou a ser vista, já se sabe mais ou menos o que se pretende. Parece que o Senador Paim vai conseguir ser atendido em alguns compromissos, que, segundo ele, nasceram do próprio Presidente da República.

E com isso o encaminhamento originário que nós tínhamos dado à matéria, Ver. Sebastião Melo, com as quatro Emendas que a Oposição subscreveu em homenagem às comissões de servidores que nos procuraram, estaria tranqüilizado, não fora, e acho que aí surge o problema, Ver. Carlos Alberto Garcia, o surgimento dessa Emenda subscrita pelo Partido dos Trabalhadores, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02. Esta praticamente zera todo o progresso que as negociações tiveram aqui na Casa e restabelece por inteiro o propósito inicial de tributação dos aposentados, o que conflita até mesmo com expectativa nacional, já não é nem a expectativa municipal, de que os compromissos assumidos pelo Presidente da República, pelo Ministro da Previdência, pelas Lideranças do Governo Federal, com o Senador Paim, motivo da sua mudança de voto, realmente vieram a ser, Ver. Elói Guimarães, acolhidos nessa PEC paralela.

Eu gostaria de dizer, Ver. Sebastião Melo, que V. Exa. sempre sustentou que esta matéria não tinha que ser votada agora, nesse particular. Há uma série de situações para as quais nós da Oposição estamos preparados para votar. Agora, não adianta enfrentarmos uma votação que seja mutilada por essa Subemenda, que é uma involução em todo um processo de negociação que aqui se realizou. Eu votaria, Ver. Juarez Pinheiro, já que V. Exa. diz que não há nenhum inconveniente em se votar agora, e acho que juridicamente até pode não haver inconveniente. Agora eu diria que nós estamos tratando isso aqui politicamente, estamos tratando isso como uma política de bem-estar social, como um fato que tem sido apresentando pelo Governo como um avanço nas conquistas do trabalhador. Imagina! Nós vamos conquistar um avanço muito grande, cobrando tributos, cobrando alíquotas dos aposentados e das pensionistas!? Não dá para entender esse avanço! Mas como não sou muito inteligente, pode ser que haja um avanço que eu não percebi. O que se diz no Congresso Nacional é que isso não é avanço nenhum. Tanto que essa Reforma da Previdência só logrou os votos necessários para a sua aprovação, diante de compromissos fortemente assumidos, de que, por meio da proposta de Emenda Constitucional paralela, esses fatos seriam corrigidos e que, se viesse o Senado Federal alterar, já naquele momento da votação, a Emenda originária do Governo, teria de retornar à Câmara dos Deputados e, evidentemente, só viria a ser solucionada ao longo do ano de 2005.

Então, os brasileiros todos estão acreditando, sinceramente, que a PEC paralela não é a Conceição-ninguém-sabe-ninguém-viu; que ela é uma realidade, fruto de um compromisso tomado por um Governo que, abertamente, publicamente, anunciou que tinha negociado com os seus Senadores essas alterações. Se nós aqui votarmos essa Subemenda é porque nós não estamos acreditando nos compromissos do Governo, e eu, pela primeira vez, estou acreditando no compromisso deste Governo, na medida em que acredito que eles não haverão de renegar os compromissos assumidos perante a Nação e com o seu Senador, Vice-Presidente do Congresso Nacional, Senador Paulo Paim.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/03.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, nós estamos apresentando a Emenda nº 01, e eu gostaria que os Srs. Vereadores prestassem atenção na proposta da Emenda. A nossa proposta coloca assim no art. 2º: “Ficam mantidas as atuais alíquotas de contribuição social para o custeio do Regime Próprio de Previdência Social, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro, que será estabelecido através de cálculo atuarial”. O que estamos propondo? Que o Executivo faça urgentemente o cálculo atuarial para definir; está sendo proposto 11%; os funcionários colocam 9%.

Quero inclusive colocar algumas coisas. A Exposição de Motivos do Poder Executivo aponta a justificativa expressa em consonância com a Lei Federal nº 9.717, referente ao custeio e ao cálculo atuarial, objetivando a manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial. E, como é notório, entre outros inúmeros dispositivos que alteram a atual sistematização, é prevista a alíquota de 11%, proposta do Executivo, como contribuição única dos servidores, além de tentar incluir os inativos e pensionistas, sem vincular a necessária avaliação contábil e atuarial.

Então, entendemos mais do que justa, porque até então, com relação a 9%, 11%, 10%, a qualquer valor, o Executivo não tinha uma justificativa científica que provasse, exatamente, qual o cálculo do percentual a ser cobrado. Por meio de um cálculo atuarial, o Executivo vai ter condições de repassar isso aos funcionários, do valor que realmente poderá ser descontado de cada um, a sua parte contributiva. Ao mesmo tempo, quando coloca os inativos, pensionistas, e não especifica...

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. está dizendo que se mantém as alíquotas e, mediante um calculo atuarial, equilibrado, reajusta-se.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Não sei.

 

O Sr. Sebastião Melo: Qual é o prazo que V. Exa. dá para isso? O Projeto vem acompanhado do cálculo atuarial?

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Não, porque, justamente, qual é a preocupação?

 

O Sr. Sebastião Melo: O Presidente do Previmpa disse que veio.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Nós, pelo menos, olhamos ali e não detectamos.

 

O Sr. Sebastião Melo: Há uma questão contraditória. O Governo diz que veio com o cálculo atuarial; V. Exa. está dizendo que não veio. Se V. Exa. dá um prazo, daqui a seis meses, quatro meses, quem é que vai fazer esse cálculo? A Prefeitura? O Previmpa? Quem é que vai analisar?

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Para o cálculo atuarial sempre é contratada uma empresa que vai fazer esse cálculo e vai repassar as informações.

Qual é a nossa preocupação? Até agora não há nada definido: o porquê dos 11% e, ao mesmo tempo, o porquê dos 9%. Então, esse é o grande questionamento. Nós gostaríamos de saber quando a Lei inclui os inativos e os pensionistas. Foi em cima disso que nós colocamos, ou seja, ficam os valores atuais e faz-se um cálculo atuarial e, por meio desse cálculo, vai-se ter condições plenas de saber. Então, na realidade, o que estamos propondo é ampliar a discussão, para que tenhamos condições plenas de definir. Essa é a posição que defendemos.

Agora, o Ver. Sebastião Melo pergunta: qual é o prazo? Nós não sabemos o prazo. O prazo, quem poderá dizer, por intermédio de um contrato, é o próprio Executivo, que vai contratar uma empresa e vai determinar qual é o prazo para execução do cálculo atuarial.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/03.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, essa história da previdência social no Brasil se transformou num potente rolo compressor armado pelo Palácio, pelo Presidente da República, com a conivência de Partidos políticos, para esmagar a Nação. Essa é a grande verdade. Estão aí as seqüelas deixadas por todo esse comportamento de ferro e fogo e muita troca de interesses patrocinados pelo Governo da República, pelo Governo do Lula, do Presidente Lula. Uma grande negociação com troca de favores para cá, favores para lá, que causam inveja àquele Ministro do FHC, o Sergião, o famoso Sérgio Motta, quando se acusava o Sérgio Motta. O que se faz hoje em Brasília é aperitivo perto do que está acontecendo lá na Capital da República.

Mas ora, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esse ciclo da Reforma da Previdência não está concluído ainda, e já bate na Casa um Projeto para taxar em 11% os servidores. Mas, afinal de contas, o que é o Previmpa? O Previmpa não está vinculado ao regime de Previdência, é uma entidade autônoma que foi constituída para reger os interesses do funcionalismo. A propósito, fica aqui a acusação que se fazia ao velho Montepio, que tinha lá os seus problemas, aquelas acusações de por que não se repassa isso e não se repassa aquilo. Olha, diante desse rolo compressor, fica aqui a saudade do Montepio, que, além de o servidor contribuir com um menor valor, dava empréstimo para os servidores; agora se passa um verdadeiro rolo compressor sobre os servidores, estabelecendo-se os 11%.

Os funcionários estão sem representação, pois o Presidente do Simpa está preso. É bom que se diga, não estou entrando no mérito, mas não há força municipal, Ver. Sebastião Melo, não há representação do funcionalismo, e essa matéria está aqui no maior silêncio, num silêncio absoluto. O funcionalismo sem a sua representação política necessária; o funcionalismo tem de, imediatamente, reunir-se e eleger um presidente para que este possa movimentar os interesses do funcionalismo, quando são aqui dilapidados.

Mas e o Previmpa? Onde é que estão os cálculos atuariais para estabelecer a dimensão da contribuição do funcionário e do Município? Não, atira-se aleatoriamente. Aqui há um dado aleatório, o Previmpa tem a sua estrutura diferentemente do sistema de Previdência privada em nosso País. Então, qual é o custo disso, afinal, qual é o percentual?

 

O Sr. Juarez Pinheiro: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Compulsasse os autos, porque os cálculos atuariais constam dos autos do Processo que está com Vossa Excelência.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Mas caminhado à margem de qualquer aspecto crítico do funcionalismo, Ver. Juarez Pinheiro, submeteram aqui dentro cálculos e mais cálculos. São coisas feitas “em cima da perna”, e o funcionalismo - ativo e inativo - está aí, ao desabrigo absoluto. Eu não vejo condições de votar essa matéria. Nós temos de mandar para o ano que vem. É o apelo que se faz à Casa. Onde é que está a Oposição nesta Casa? É de perguntar, Ver. Sebastião Melo. Onde é que está a Oposição? Isso aqui tem de ser mandado para o ano que vem. Vou mandar para o ano que vem, sim. Não haverá prejuízo nenhum. Absolutamente não haverá prejuízo nenhum! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/03.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, eu me lembro ainda dos discursos de algumas lideranças vinculadas ao Partido dos Trabalhadores, dizendo que os 6,75% eram suficientes, sim, para manter o órgão previdenciário. Eu me lembro desses discursos. Mas acredito que, naquela época, era apenas aquele desejo de liquidar com o Montepio. E liquidou-se com o Montepio. Sabem o que o funcionário ganhou com a liquidação do Montepio? Ganhou o seguinte: o patrimônio do Montepio, por causa das ações, foi rateado entre poucos. A grande massa dos funcionários públicos ficou absolutamente sem nada, “a ver navios”. Aí, por causa desse argumento, que estava havendo roubo ou coisas assim - e eu dizia: se está havendo, vamos apenas trocar a diretoria, mas não vamos terminar com o órgão -, terminou-se com o órgão. Não se deixou nem que se discutisse uma forma de serem gestores.

Passado algum tempo, Ver. Elói Guimarães, chegaram à conclusão - aqueles que defendiam antes que 6,75% era a alíquota ideal - de que já não dava mais para sustentar com 6,75% o órgão previdenciário e que iria falir assim. Até já houve saques nesta conta do Previmpa e coisas assim. Então, o Município chegou à conclusão de que precisava de 11%, só que ninguém embasa que realmente 11% é a alíquota ideal. E mais ainda: que se precisava tomar dinheiro também daqueles que já estavam aposentados, precisava-se cobrar 11% também dos aposentados! Aí parece que aquele discurso do Senador Paim não vale mais; não sei se é o discurso antigo, se o Paim conserva ainda o discurso novo, porque houve um arrocho todo aí, os que estavam na linha antiga foram expulsos do Partido, e vejo que o Senador Paim permaneceu. Eu não sei mais que discurso ele tem na atualidade.

Acho que o encaminhamento de V. Exa., e vejo que é o encaminhamento também de parte de lideranças dos municipários, é não votar de forma açodada. Podemos votar depois. Eu pediria ao Ver. Elói Guimarães, que fez esse encaminhamento primeiro, aqui da tribuna, para que se pudesse entrar com um requerimento, para não se prosseguir com essa discussão, para que não perdêssemos tempo, pois há outros Projetos a serem votados. Que a gente possa encerrar essa discussão e jogá-la para depois.

Eu tenho uma tendência... Tinha dito para as lideranças municipárias que iria assinar aquela Emenda dos 9%, mas não me comprometia a votar nessa Emenda dos 9%. Como há uma Emenda que garante que os 6,75% continuaria até que se tivesse os novos cálculos atuariais, vou filiar-me a essa Emenda de conservar os 6,75% até que surjam realmente os reais cálculos atuariais.

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Luiz Braz, a minha dúvida aumenta, porque eu pedi diligência desta matéria, e foi acostado aos autos um cálculo atuarial. Ora, se esse cálculo foi manuseado pelos servidores ou não, eu não sei. A verdade é que o Governo tinha uma férrea convicção de ser 11% e, de uma hora para outra, topa ser 9%. Então, quando é que o Governo está falando a verdade? É 9% ou 11%? Segundo, se vou-me limitar a um novo cálculo atuarial, quem é que vai fazer esse cálculo? Para aceitar essa Emenda, ela precisa ser melhor elaborada, porque, senão, alguém junta os cálculos atuariais, e vou concordar com ele unilateralmente?

 

O SR. LUIZ BRAZ: É por isso, Ver. Sebastião Melo, que precisamos de tempo para, quem sabe, trabalharmos junto com o Ver. Carlos Alberto Garcia e elaborarmos um texto melhor para essa Emenda. Agrada-me a idéia de conservar o 6,75% até que pudéssemos ter os reais cálculos atuariais, a fim de podermos ter certeza se 6,75% é realmente o suficiente, como pregava o PT antigamente, ou se é 11%, como prega o PT atualmente, ou se é 9%, como concorda, de uma hora para outra, o PT. Ele também não sabe, o PT parece que está perdido, eles mandam os projetos, mas mandam os projetos totalmente perdidos. A tendência é de, realmente, aprovarmos um requerimento para adiarmos, aqui, a discussão.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Há um Requerimento assinado pelos Vereadores Elói Guimarães e Sebastião Melo para que o PLCE nº 010/03, em discussão, seja adiado por duas Sessões.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo Danéris, o Requerimento de adiamento de discussão por duas Sessões do PLCE nº 010/03. (Pausa.)

Como vota o Ver. Reginaldo Pujol?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu voto contra o adiamento.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn e o Ver. Reginaldo Pujol votam contra o adiamento. Votação encerrada. (Pausa.) REJEITADO o Requerimento dos Vereadores Elói Guimarães e Sebastião Melo por 13 votos SIM e 15 votos NÃO.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, a manifestação da vontade não está sendo expressa, deve haver equívoco na Casa. Há equívoco nos votos, Sr. Presidente! Eu pediria a V. Exa. que nós reproduzíssemos a votação, em nome da verdade! Afinal de contas, há Vereadores que...

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Vereador, eu registrei o voto de Vossa Excelência.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Não, eu sei, mas houve votos aqui que... Parece-me que não houve uma relação de causa, efeito e conseqüência. Pelo menos se alegou aqui.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O resultado da votação foram 13 votos contra 15. O Ver. Sebastião Melo apresentou outro Requerimento. Estão todos os Vereadores no plenário. São três Sessões aqui, agora? Novo Requerimento.

Em votação nominal, solicitada por este Presidente, o Requerimento do Ver. Sebastião Melo que solicita adiamento da discussão do PLCE nº 010/03 por três Sessões. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADO por 13 votos SIM e16 votos NÃO.

A discussão do Projeto não será adiada.

Eu gostaria de chamar a atenção dos Srs. Vereadores em relação à votação anterior, no sentido de que o Presidente fica na Sessão do começo ao fim. Na semana passada, o Presidente retirou-se para receber o Cônsul da Índia, e foi questionada a sua presença, o seu nome no painel, coisa que eu nunca tinha visto acontecer na Casa do Povo de Porto Alegre. E, mais do que isso, foi mandado retirar o nome do Presidente, que já havia presidido metade da Sessão e afastava-se por 15 minutos para receber uma autoridade. O Cônsul indiano já estava lá no meu gabinete, esperando-me.

O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/03, por cedência de tempo da Ver.ª Margarete Moraes.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Ver. João Antonio Dib, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero dizer, Ver. Elói Guimarães, que existe, sim, um cálculo atuarial, o qual está no Processo. Esse cálculo atuarial foi apresentado ao Conselho de Administração do Previmpa, que o avaliou. E é com base nesse cálculo atuarial, Ver.ª Clênia Maranhão, que os trabalhadores municipais, por meio de sua entidade eleita por voto direto, apresentaram cinco Emendas. Eu vou aqui tratar dessas Emendas. Nós não podemos obstar, Ver. Cláudio Sebenelo, de que houve uma iniciativa do Governo, determinada por legislação superior, legislação federal, que já está votada no Congresso Nacional, e que existe um órgão, Ver. Elói Guimarães, constituído por esta Casa com ampla maioria, o qual apreciou o Projeto e encaminhou Emendas aos Vereadores de Oposição ao Governo.

De acordo com a primeira Emenda, o Poder Executivo passa a ter de fazer a sua contribuição no regime de capitalização de dois por um, ou seja, a uma porcentagem dos trabalhadores equivale a duas do Poder Executivo. E isso terá de ser ressarcido aos cofres do Previmpa, aquilo que se deve desde 2001 até agora, quando foi votada a Lei, terá de ser feito em 24 parcelas. Isso está aceito por nós.

Na outra Emenda, é colocado que aquilo que o Poder Executivo deve ao Previmpa tem de ser recuperado, tendo como índice de correção o mesmo índice que se tem para cobrança de tributos da cidadania, da população, e isso está aceito! É colocada a formação de um fundo de reserva, no qual, por vinte anos - dessa parcela que se aumenta de 6,75% para 9% ou 11% -, 1,25, querem os trabalhadores, serão carreados para esse fundo. E, numa percentagem desses 1,25, o Poder Executivo não pode mexer de forma nenhuma! Nós temos uma Subemenda, mas está lá a Emenda que os trabalhadores apresentaram e nós podemos aceitar essa Emenda. Os trabalhadores, também, de outra forma, apresentaram a Emenda que reduz de 11% para 9% a porcentagem, porque inicialmente seria obrigatório que os Municípios e os Estados tivessem por mínimo desconto dos aposentados e dos pensionistas 11%. Os trabalhadores, pelo seu órgão, colocaram 9%. Nós estamos aceitando os 9%!

Então, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o que há? Qual é a disputa que vamos fazer aqui? Ver. Sebastião Melo, aqui não é discussão de Governo com a Oposição, nós estamos tratando de um sistema que tem de se manter com saúde, estável atuarialmente, financeiramente, para que as aposentadorias, para que as pensões dos trabalhadores municipários, possam ser pagas de forma correta, na data certa e com segurança. Nós não estamos aqui passando um Projeto do Governo sem negociação, e essa negociação foi feita por quem de direito, foi feita pelos trabalhadores, pelo seu órgão.

Ver. Elói Guimarães e Ver. Luiz Braz, quando dizíamos que 4,75% eram suficientes, era para o pagamento das pensões, era óbvio, dizíamos que eles seriam suficientes para pagar cem por cento das pensões. Mas há uma Legislação Federal, há uma lógica. Os próprios trabalhadores, reunidos semanalmente, Ver. Beto Moesch, estudando, não como nós, que estudamos essa matéria en passant, mas, por meses a fio, os seus representantes, uma vez por semana, na quarta-feira, reuniram-se no seu órgão e colocaram as suas observações para manter um sistema saudável.

Agora, que direito temos nós? Temos mandato? Temos, sim. Podemos fazer o que quisermos com isso, mas que ética teremos, se eles apontaram esse caminho, para sequer votarmos isso aqui? Não está passando a proposta do Governo, está passando uma proposta negociada em prol dos trabalhadores. Por que essa vontade de não votar? Para causar uma derrota no Governo? Não vão causar derrota nenhuma! Não é no Governo que será pungida essa derrota! Essa derrota será dos trabalhadores, enfraquecendo esse sistema que foi uma conquista.

Eu quero dizer aos Srs. Vereadores que fico um pouco emocionado com isso, isso é muito sério para nós brincarmos, para dizermos que não há processo atuarial, que não há cálculo, se já estão dentro do Processo; para dizermos que não temos condições de votar, se a PEC-40 já foi votada no Congresso Nacional, se as propostas dos trabalhadores estão incluídas, estão sendo recebidas! Qual é o motivo de não votarmos? Não vão causar derrota nem num lado, nem no outro. Essas Emendas não foram assinadas por nós, do Governo; elas foram assinadas pela Oposição, corretamente. São Emendas das quais nós temos algumas discordâncias, mas são fruto da discussão dos trabalhadores, não de uma discussão de um dia, mas de uma discussão de meses em cima de dados. Nós estaremos aqui, se não votarmos isso, dando um atestado de não-respeito aos trabalhadores, ao seu órgão previdenciário, cuja metade do Conselho foi eleita pelo voto.

Portanto, apelo, Ver. Pedro Américo Leal, para que não se faça essa arbitrariedade, essa irresponsabilidade, daí, sim, enfraquecendo esse sistema. Não é um Projeto do Governo, há cinco alterações, propostas, que estão, na verdade, sendo recebidas. Por isso, é um apelo, em tom de bom-senso, em tom de ética, em tom de respeito aos trabalhadores, para que se vote esse Projeto, mantenha-se essa entidade que tem de ser forte, que tem de ser pujante para manter aposentadorias e pensões em dia, para que se possa fazer aquilo que foi colocado pelo Governo, mas, também, pela Oposição, com suas Emendas, Emendas dignas, corretas, éticas, que vieram do órgão correto dos trabalhadores. É o nosso apelo, não em nome da Bancada do Governo, mas é um apelo que faço, talvez num dos meus últimos discursos aqui, que a gente tenha essa responsabilidade de não deixar que o órgão se enfraqueça. Não se está cometendo nenhuma tropelia.

Termino dizendo que, na Assembléia Legislativa, sem que a PEC-67 tenha sido votada, já se votou um subteto. Portanto, nós não cometeremos nenhuma grosseria, porque tudo que interessa aqui, nesta votação, é a PEC-40, que já está votada. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o PLCE nº 010/03. (Pausa.)

 

O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, foi indeferido o pedido da Bancada do PT para formação de Bloco Parlamentar na CPI da Saúde na Capital. O Juiz de Direito Ricardo Pippi Schimidt indeferiu na 2ª Vara da Fazenda Pública. Quer dizer que seguiremos.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 010/03.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, tentamos fazer a discussão dessa matéria, mas o Governo não quer essa discussão. Eu queria, Ver. Juarez Pinheiro - estão aqui os dirigentes do Previmpa -, que viessem aos autos, antes da votação, aquilo que V. Exa. aqui disse, porque estão a me informar que essa matéria não foi discutida com o Previmpa, o qual era contra o encaminhamento. E o Governo disse: “Mesmo que os senhores sejam contra, nós vamos encaminhar.” Então, levaram-me para a condição de votar contra a matéria.

Eu queria a discussão, não quiseram; vamos votar contra. Pois quem vai ter de fazer 17 votos neste Plenário é o Governo, porque precisa de maioria absoluta para aprovar essa matéria. Não discute com servidor, não faz Audiência Pública, não discute com o Plenário da Câmara e quer aprovar? Não, Ver. Reginaldo Pujol! Então nós, com muita tranqüilidade, mas com muita firmeza, estamos dizendo que vamos votar contra porque não houve o acúmulo de discussão, bem como a socialização dessas informações no meio dos servidores. Nós não podemos votar essa matéria no último dia de Sessão, quando os senhores servidores já tiveram a sua bimestralidade cortada, e esta Casa hoje aprovou, com algumas abstenções, o dinheiro do DMAE para pagar o décimo terceiro salário. Nós não podemos aumentar as alíquotas sem nenhuma discussão, Ver. Luiz Braz. Não podemos fazer isso! Não está correto fazer isso!

Portanto, queremos dizer que fomos parceiros durante todo o processo de 2002, que culminou na Lei nº 478, colocando a Previdência Pública gestada pelos servidores em parceria com o Sr. Prefeito. E agora, nós estamos, sim, dispostos a adequar, mas no seu devido momento. Se o Congresso Nacional não deliberou de forma terminal sobre essa matéria, não é a Câmara, na minha avaliação, que pode adaptar isso agora. É inoportuno fazer isso agora. O Ver. Carlos Alberto Garcia parte da premissa de que não há cálculo atuarial. O Governo fez um cálculo atuarial e diz que é 11%, mas o mesmo Governo que diz que é 11% é o Governo que diz: “Não, vamos baixar para 9%.” Então, foi o cálculo da “teoria do bode”? Eu boto o “bode na sala”? Se o Governo achava que era 9%, que mandasse com 9%.

 

(O Ver. Juarez Pinheiro solicita um aparte.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: É período de encaminhamento, Ver. Juarez, infelizmente não posso lhe conceder.

Eu acho que é tempo suficiente, Ver. Elói Guimarães, em janeiro, em fevereiro, nessa retemperada, numa discussão, numa audiência ampla, a Câmara votar esta matéria na segunda quinzena. A não ser que o Governo queira botar dinheiro no caixa de qualquer jeito, usando o fundo da Previdência! Não, vamos discutir melhor esta situação. Acho que a nossa proposta de adiar por duas Sessões a discussão da matéria foi extremamente equilibrada, mas o Plenário entendeu que não. Portanto, então, o nosso encaminhamento vai ser contrário ao Projeto ora apresentado aqui na Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, é um Requerimento relativo à votação. Houve muitas modificações nesse Projeto, e eu pediria que fosse redistribuído o conjunto das Emendas que acompanham o Projeto, porque houve Emendas novas, etc. e tal.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, eu creio que as Emendas já foram distribuídas, inclusive o roteiro para votação, agora.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 010/03.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós estamos na linha de defesa do servidor público e dos aposentados. Em Projeto anterior, aqui nos manifestamos no sentido de criar as condições materiais, embora fazendo uma determinada interpretação, no sentido de se ter atendido o funcionalismo com o décimo terceiro salário, mediante recursos que serão encaminhados pelo DMAE. Agora, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós estamos na defesa do funcionalismo, até porque - que fique claro isso - o ciclo tenebroso, precarizado, da Reforma Previdenciária não se encerrou em Brasília; não está encerrado, definitivamente encerrado. Por outro lado, comparar-se à Assembléia Legislativa... Ora, não cabe comparação. A questão da Assembléia Legislativa é a questão do subteto, uma situação defensável em todos os Estados e pela própria União?

Agora, o que queremos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores? É bem verdade que estamos com dificuldades aqui, Ver. Wilton Araújo. O que queremos é levar esta matéria para o ano que vem. Pretendeu-se levar a matéria para o ano que vem, e teremos de, no mérito, agora, ausente outra alternativa, nos manifestar contrários a ela. Queríamos que se desse tempo, se estendesse um tempo, para que o funcionalismo se apossasse do que está acontecendo com o seu destino, afinal de contas, está em jogo o esforço, o trabalho do funcionalismo, que tem de contribuir. Não é o Vereador que contribui para ele; é ele que tem de contribuir, tirando dos seus poucos recursos. Isso sem falar na bimestralidade que se deve ao funcionalismo - que fique claro isso. Então, nós não vemos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, razões e fundamentos para não se levar este debate para o ano que vem, até porque o Previmpa tem a sua estrutura e o seu peso em estabelecer, no cálculo atuarial, o que se vai cobrar do funcionalismo, diferentemente do sistema previdenciário geral.

Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fica aqui a nossa manifestação no sentido de firmar o entendimento de que a melhor solução para o funcionalismo, a melhor solução para o aposentado, momentaneamente, é derrotarmos esta matéria e a levarmos para o ano que vem, podemos iniciar em 15 de fevereiro, estabelecendo as regras com clareza, com o funcionalismo sabendo o que está acontecendo. Só a partir de agora e de hoje é que o funcionalismo saberá o que está acontecendo, porque até agora não sabia, a não ser as lideranças - esta é toda a verdade.

Então, nós queremos fazer um apelo à Casa: que a melhor linha é buscar... Não haverá prejuízo - é bom que se coloque -, a derrota da matéria poderá vir logo no início do ano legislativo, não haverá prejuízo para o funcionalismo. É o apelo que se faz desta tribuna no sentido de se tentar aqui, derrotando a matéria, levá-la para o ano que vem. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós estamos em fase de encaminhamentos. Ainda há possibilidade de Requerimento de adiamento de votação, não? Em encaminhamento de votação é possível, não?

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação é possível.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Se for possível, quero requerer, então, que seja adiada a votação por uma Sessão.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, eu solicito a confirmação.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Tendo sido iniciado os encaminhamentos, não tem como adiar. Se não tivesse sido feito encaminhamento, nós poderíamos adiar.

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 010/03.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Talvez não sejam necessários os cinco minutos para encaminharmos, porque há um entendimento, até porque as Oposições firmaram algumas Emendas de Liderança, num determinado estágio do processo, adequando à visão do funcionalismo, dos próprios conselheiros do Previmpa. No entanto, nós achávamos que ele estava apto a ser votado. Neste momento há um entendimento - e esse é o entendimento das próprias direções funcionais - no sentido de que seja rejeitado o Projeto. Isso, evidentemente, vai fazer com que, no dia 15 de fevereiro, já sanada inclusive a questão das alterações constitucionais federais, nós possamos votar com mais tranqüilidade esta matéria. Talvez, num determinado momento, Ver. Juarez Pinheiro, era mais recomendável o adiamento, porque levaria a matéria...porque o Processo já estava instruído, pronto para ser votado.

Neste momento, nós, que sustentamos aqui a votação do Projeto... Porque havia as Emendas saneadoras, na nossa visão, mas com risco do alcaide de Porto Alegre vetá-las. Então, nós vamos trabalhar. Aqui nesta Casa às vezes as coisas mudam muito rapidamente. E sustento as mudanças rápidas de convicções e de pontos de vista, invocando Voltaire que diz que só não muda de idéia quem não as têm.

Assim, eu acho que, neste momento, o caminho melhor, Ver. Sebastião Melo, é, realmente, rejeitarmos o Projeto, e, no início dos trabalhos legislativos, retomarmos esta matéria; até porque, no plano federal, muitas coisas ainda não estão definidas. Há problemas do ponto de vista de um déficit de capitalização, Ver. Sebastião, em função das alíquotas que estão sendo cobradas neste momento, mas esse é um problema que, de qualquer maneira, nós vamos ter de enfrentar. Agora, nós temos de ver que, neste momento, o melhor caminho é esse, em nome da sensibilidade, inclusive daqueles que com seriedade e responsabilidade conduzem os destinos do Previmpa. E quando nós apresentamos Emendas de Líderes, nós achávamos que estava sanado. Mas como há riscos, nós preferíamos rejeitar e retomar essa matéria no início dos trabalhos legislativos no início do ano de 2004.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Numa manobra regimental, foi retirado o quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão. Convoco os Srs. Vereadores para a Sessão Extraordinária daqui a dois minutos.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h39min.)

 

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